Se os laboratórios cumprirem a promessa de entrega de doses para o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul deve receber, em junho, 2,6 milhões de vacinas contra a covid-19 – a maior quantidade desde o início da campanha de imunização.
O cronograma mais recente do Ministério da Saúde prevê a distribuição de 43,8 milhões de doses aos Estados. O Rio Grande do Sul costuma receber cerca de 6% das doses repassadas pelo governo federal, o que resulta em uma estimativa de 2,6 milhões de doses para junho.
A quantidade de doses a serem enviadas pelo governo federal é menor do que o previsto – antes, o Ministério da Saúde antevia 52,2 milhões de doses para junho, mas houve redução de estimativa por parte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) devido à dificuldade em obter insumos usados para a fabricação dos imunizantes.
Em junho, o Rio Grande do Sul deve receber cerca de meio milhão de doses a mais do que no mês anterior. Em maio, a previsão era de 2,6 milhões de vacinas para o Rio Grande do Sul. Ao fim do mês, o Estado recebeu 2.161.080 doses, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Desde janeiro, o Rio Grande do Sul recebeu 6,39 milhões de doses e aplicou 4,6 milhões – uma parcela é guardada para assegurar que não haja falta no reforço.
O Estado é um dos líderes nacionais da campanha de vacinação: cerca de 27% da população recebeu a primeira dose e 13%, a segunda aplicação. Mas a estimativa de especialistas é de que a imunidade de rebanho seja atingida somente quando cerca de 70% da população tiver recebido as duas doses.
Andamento da vacinação
Em evento no Fórum de Investimentos Brasil 2021, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou nesta segunda-feira (31) que todos os brasileiros serão vacinados até o fim do ano. O cronograma mais recente do governo federal prevê 632,9 milhões de doses em 2021, o suficiente para quase três vezes a população brasileira.
Das 43,8 milhões de doses previstas pelo Ministério da Saúde em junho, a maioria será da vacina de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz, seguida do imunizante da Pfizer. Das 12 milhões de doses previstas pela Pfizer, 2,4 milhões chegam ainda na primeira semana, informou o laboratório na manhã desta segunda-feira.
A Fiocruz, contudo, informou a GZH que não tem previsão de data de entrega ao Ministério da Saúde das 20,9 milhões de doses esperadas para junho.
Já o Instituto Butantan retomou na semana passada a produção de CoronaVac, após interrupção por falta de insumos. Iniciada a produção, são necessários entre 15 e 20 dias para entregar o lote ao Ministério da Saúde.