Após municípios anunciarem que ainda irão faltar doses da CoronaVac para completar o esquema vacinal, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) está solicitando às prefeituras que atualizem os dados da vacinação. As informações devem ser inseridas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). No entanto, a pasta alerta para uma defasagem na inserção destes dados.
Conforme os registros da última quarta-feira (19), das 1.650.580 doses distribuídas aos municípios para a segunda aplicação da CoronaVac, ainda faltam usar e/ou registrar 538.755 unidades – o equivalente a 32% do total.
A secretaria trabalha com as seguintes hipóteses para os municípios que estão informando falta de doses para segunda aplicação: falhas nos registros; migrações entre municípios, ou seja, pessoas que tomaram a primeira injeção em um lugar e agora precisam tomar a segunda em outro; além de algum possível equívoco de uso da D2 como primeira dose.
Ainda segundo a SES, somente de posse destes dados será possível avaliar faltas pontuais e planejar, se for o caso, o remanejamento de saldos entre municípios. A pasta reforçou ainda que, matematicamente, o número de doses distribuídas já é suficiente para terminar com o atraso na aplicação da CoronaVac.
No entanto, cada vez mais municípios informam déficit de vacinas ou, até mesmo, fim das doses com pessoas ainda com o esquema de imunização atrasado. É o caso de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, que, nesta quinta-feira (20), aplicou todas as doses entregues pelo Estado e segue registrando pessoas com atraso na imunização.
Em Imbé, no Litoral Norte, a prefeitura estabeleceu um escalonamento e, na sexta-feira (21), aplicará a segunda dose somente para quem recebeu a primeira até 27 de março. O município recebeu 700 unidades, mas afirma que há 3.100 pessoas ainda aguardando a D2.