Depois de suspender as cirurgias eletivas, o Hospital Centenário, em São Leopoldo, está buscando novas alternativas enquanto não recebe uma nova remessa do medicamento Midazolan 50mg/10ml, utilizado para a sedação dos pacientes que estão entubados. Nesta segunda-feira (22), um lote com 2 mil ampolas estava previsto para ser entregue pela distribuidora, o que não aconteceu. Agora, o hospital busca uma solução junto à empresa em uma audiência marcada para esta terça-feira (23).
Por meio de nota, a direção do hospital informou que a situação é crítica, já que não há mais em estoque o sedativo, que é considerado fundamental para a continuidade do tratamento e o conforto dos pacientes em ventilação mecânica, internados na UTI covid da instituição. Ainda segundo o hospital, alternativas estão sendo buscadas, como a substituição por outros insumos, mesmo que com efeitos menos eficientes que o Midazolan 50mg/10ml, um dos componentes do chamado “kit entubação”.
A direção confirmou que ingressou na Justiça na última sexta-feira (19) contra a empresa Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos Ltda., vencedora do pregão eletrônico para abastecer a farmácia da instituição, por não cumprir o acordo. A Justiça considerou procedente o pedido de tutela urgente do medicamento no prazo de 12 horas a contar da intimação, sob pena de busca e apreensão e multa diária de R$ 50 mil.
No domingo (21), após o não cumprimento de liminar da Justiça, o Hospital Centenário entrou com pedido de busca e apreensão dos insumos. Em nova decisão, a Justiça ampliou o prazo de entrega para cinco dias, levando em consideração a localização da empresa, que tem sede em São Paulo, e manteve a multa de R$ 50 mil pelo descumprimento.
A empresa ingressou com um recurso, alegando a não distribuição à apropriação do estoque pelo Ministério da Saúde. GZH tenta contato com a distribuidora, mas, até o momento, não obteve retorno.