No dia em que o Rio Grande do Sul atingiu recorde de mortes por coronavírus registradas em 24 horas, o governador Eduardo Leite disse nesta terça-feira (16) que o número de vítimas ainda vai aumentar antes de começar a diminuir. Em entrevista à CNN, Leite falou que as medidas restritivas adotadas no Estado já estão surtindo efeito, mas que no caso das mortes, elas serão percebidas mais a frente.
— Estamos vendo resultados positivos com a diminuição da pressão nos hospitais. O indicador de mortes choca, sensibiliza, mas é um indicador tardio. Ainda vai subir durante alguns dias, porque aponta internações em períodos anteriores (às medidas restritivas) e que estão evoluindo para óbito — disse Leite.
Para o governador, as restrições impostas nas três semanas de bandeira preta, classificação mais severa no modelo de distanciamento controlado, refletirão na redução das internações hospitalares. Perguntado se adotaria medidas mais restritivas do que as já implementadas, não respondeu diretamente, mas disse que fará o que for necessário para conter o avanço da pandemia.
— Esperamos uma redução (de internação) nos leitos nos próximos dias. E que possamos ver nas próximas semanas, redução dos óbitos — destacou.
Sobre a mudança no Ministério da Saúde, o governador desejou sorte ao novo comandante da pasta, o médico Marcelo Queiroga. Leite disse que o novo titular do ministério é profissional respeitado e de liderança no setor da saúde. Também que “parece ter habilidade política para passar por essa crise”. Mas lembrou que não existe enfrentamento ao coronavírus sem vacina, distanciamento social e com medicamentos não eficazes.