A Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca são as primeiras a publicar os resultados preliminares da fase 3 de sua vacina candidata contra a covid-19 na revista The Lancet, uma das mais importantes do mundo.
De acordo com o portal G1, os dados mostram eficácia média da vacina de 70,4%, com até 90% de eficácia no grupo que tomou a dose menor. Se uma vacina tem 90% de eficácia, isso significa dizer que 90% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença. A vacina foi segura e eficaz contra a doença, sem internações ou casos graves de covid-19 nos grupos vacinados. Nos grupos que não receberam a vacina, houve dois casos graves e uma morte.
Os pesquisadores analisaram os dados de 11.636 pessoas vacinadas. Dessas, 8.895 receberam as duas doses completas, e 2.741 receberam a meia dose seguida de uma dose completa. Cerca de 88% dos voluntários analisados (10.218) tinha de 18 a 55 anos de idade.
A publicação em uma revista científica significa que os dados dos testes foram revisados por outros cientistas e validados, mas não quer dizer que a vacina de Oxford será aplicada imediatamente na população em geral. O fármaco ainda precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.
A vacina de Oxford é uma das quatro que estão sendo testadas no Brasil: 30 milhões de doses devem ser entregues até o fim de fevereiro; outras 70 milhões, até julho. A previsão é de que mais 110 milhões de doses sejam produzidas no segundo semestre de 2021.
Nesta terça, o Reino Unido deu início à vacinação em massa da população contra o coronavírus, com o imunizante da Pfizer/BioNTech. Também nesta terça-feira, a mesma vacina teve eficácia comprovada pelo órgão regulador dos Estados Unidos, que em breve pode começar a imunizar a população. Nesta segunda-feira, o governo brasileiro anunciou que está em negociações com a Pfizer para a compra de 70 milhões de doses.