O Reino Unido autorizou a vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech. De acordo com um anúncio do porta-voz do governo britânico, emitido nesta quarta-feira (2), o imunizante estará disponível já a partir da próxima semana.
"O governo aceitou hoje a recomendação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde Independente (MHRA, na sigla em inglês) para aprovar o uso da vacina covid-19 da Pfizer / BioNTech", disse o porta-voz, especificando que o produto estará disponível nos próximos dias.
A autorização do Reino Unido foi considerado um "momento histórico" na batalha contra a pandemia pelo presidente-executivo do grupo norte-americano Pfizer, Albert Bourla.
Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comemorou a "fantástica" aprovação do imunizante, o primeiro a ser autorizado por um país ocidental. A notícia chega no mesmo dia em que o Reino Unido sai de um segundo confinamento de quatro semanas.
"É a proteção das vacinas que finalmente nos devolverá nossas vidas e fará a economia se mover de novo", tuitou o primeiro-ministro britânico.
O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses do produto — no caso, serão necessárias duas aplicações para garantir a imunização de cada participante. A BioNTech e a Pfizer já anunciaram que a vacina apresentou mais de 95% de eficácia na prevenção da doença entre os voluntários.
As empresas também enviaram no início deste mês dados do estudo da fase 3, que envolveu mais de 43 mil pessoas, ao US Food and Drug Administration (FDA), a agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos.
Uma aprovação emergencial nos EUA pode ocorrer entre 8 e 10 de dezembro, com os embarques de imunizantes em todo o país ocorrendo 24 horas após o anúncio, de acordo com relatos da mídia americana. Em discurso às Forças Armadas no feriado de Ação de Graças, o presidente Donald Trump também afirmou que aplicação da vacina em grupos prioritários será iniciada em até duas semanas.
No Brasil, a Pfizer informou que deu início ao processo de submissão para registro da vacina contra a covid-19 junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Apesar disso, ainda não está claro quando o país poderia ter acesso ao produto.