A grande maioria dos 56 milhões de habitantes da Inglaterra, com Londres incluída, continuará vivendo sob grandes restrições quando o segundo confinamento chegar ao fim na próxima semana, anunciou o governo britânico nesta quinta-feira (26).
Após um mês de confinamento nacional que finalizará em 2 de dezembro, a Inglaterra voltará ao sistema de restrições locais com base em três níveis que são determinados em função da incidência do vírus.
"As medidas nacionais conseguiram inverter a tendência", afirmou o ministro da Saúde, Matt Hancock, aos deputados, apontando para uma diminuição no número de casos e de internações.
"Entendo o impacto que essas medidas terão, mas são necessárias dada a magnitude da ameaça que enfrentamos", destacou, afirmando que as restrições locais serão mais rígidas do que antes do confinamento.
Em toda Inglaterra, poderão abrir os comércios não essenciais. As escolas, que não fecharam durante o confinamento, continuarão funcionando com normalidade, mas o trabalho remoto é recomendado em todas as áreas, incluindo as de menor presença do coronavírus.
No entanto, nas regiões sob o maior nível de alerta, como Birmingham, Manchester, Newcastle, Bristol e Leeds, os pubs e restaurantes permanecerão fechados podendo vender apenas refeições para levar ou entregar.
Também estará proibido reunir-se com pessoas que vivam em outra casa, tanto em interiores como exteriores, com exceções como os parques.
Em Londres, como na maior parte da Inglaterra, o risco se considera "alto", ou seja, o segundo dos três níveis.
Os pubs e restaurantes de lá só poderão abrir se servirem refeições e as reuniões se limitarão a seis pessoas no exterior, mas não em lugares fechados.
Só três áreas foram colocadas no nível de alerta mais baixo: Cornualles, a ilha de Wight e as ilhas de Scilly.
Os níveis de alerta serão revisados a cada duas semanas a partir de 16 de dezembro.
No início da semana, o governo anunciou uma trégua de Natal em que será permitido que até três casas se reúnam entre 23 e 27 de dezembro.
O Reino Unido, onde cada região define sua estratégia de saúde, é o país mais castigado da Europa com mais de 56.500 mortos e 1,5 milhão de casos positivos.
* AFP