Está prevista para esta quarta-feira (23) a entrega dos dados sobre a eficácia da vacina contra a covid-19 do Instituto Butantan à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A partir daí, a instituição de São Paulo, que conta com a parceria da chinesa Sinovac, deverá ingressar com dois pedidos: um de registro do imunizante no Brasil e na China, e outro para uso emergencial aqui no país. Como a Anvisa estabeleceu prazo máximo de 10 dias para emitir a decisão sobre o uso emergencial, o diretor do Butantan, Dimas Covas, acredita que a vacinação possa começar ainda no início de janeiro.
— Como existe a possibilidade de o uso emergencial ocorrer muito rapidamente, até começo de janeiro, isso vai permitir que a vacina possa ser a primeira a ser usada em solo brasileiro — disse Covas, em entrevista a GZH na última sexta-feira (18).
Embora o Ministério da Saúde tenha colocado o imunizante no rol das candidatas à inclusão pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), o governo de São Paulo se prepara para iniciar o Programa Estadual de Imunização no final de janeiro, caso não haja negociação com o governo federal.
— O dia 25 de janeiro é a data do programa estadual de vacinação anunciado pelo governador de São Paulo. Isso acontecerá se o PNI não incorporar o imunizante. Tudo indica que o Ministério (da Saúde) está disposto a adquirir a vacina, o que será uma excelente notícia, pois o programa é o maior do mundo, portanto, o ideal é que o imunizante seja incluído e esteja disponível para todos os municípios. Essa é uma possibilidade muito concreta. É única vacina de que o Brasil dispõe — avaliou Covas.
Na China, o uso emergencial e limitado da CoronaVac já foi aprovado.