O Ministério da Saúde receberá nesta semana representantes de desenvolvedoras de vacinas contra a covid-19. Técnicos da pasta devem ouvir propostas sobre o fornecimento de imunizantes da Pfizer, Johnson & Johnson e do Instituto Gamaleya, da Rússia, que desenvolve a Sputnik V. Além dessas empresas, a pasta informou nesta terça-feira (17) que conversará com a empresa indiana Bharat Biotech, que deseja levar ao mercado a Covaxin.
A Covaxin entrou recentemente em "fase 3" de estudos, o último antes de as empresas pedirem o aval para registro e comercialização da droga. Há testes em andamento no Brasil relacionados às vacinas da Pfizer e da Johnson & Johnson, entre outras, como a CoronaVac. A Sputnik V e a Covaxin, porém, ainda não são avaliadas no país.
Segundo dados preliminares de estudos de "fase 3" das vacinas, os produtos da Pfizer, da Moderna e a Sputnik V têm mais de 90% de eficácia contra a covid-19.
Não há compromisso firmado pelo governo para a compra desses imunizantes. As reuniões começam nesta terça com a Pfizer.
Em nota, o ministério afirma que a ideia é conhecer "os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório".
A Saúde ainda afirma que a compra das vacinas deve ocorrer quando estudos comprovarem total segurança e eficácia do produto e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o registro.
"A pasta deve apresentar, em breve, o plano de imunização da população brasileira contra a covid-19", diz o comunicado.
O ministério acompanha 270 pesquisas sobre vacinas contra a covid-19. A aposta do governo, por enquanto, é no imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e o laboratório AstraZeneca. O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para comprar 100 milhões de doses desta vacina, além de equipar a Fiocruz para produção independente da droga.
Em outra frente de atuação para encontrar uma vacina, o Brasil espera receber doses para 10% da população por meio do consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país investiu R$ 2,5 bilhões para entrar no consórcio.