O laboratório farmacêutico Pfizer anunciou nesta segunda-feira (9) que sua vacina contra a covid-19 é "90% eficaz", de acordo com a primeira análise intermediária do teste de fase 3, a última etapa antes do pedido formal de homologação.
Esta eficácia de proteção ao vírus SARS-CoV-2 foi alcançada sete dias depois da segunda dose da vacina e 28 dias após a primeira, informaram o grupo americano farmacêutico e a empresa alemã de biotecnologia BioNTech em um comunicado conjunto.
O anúncio promissor provocou uma alta das Bolsas europeias e foi recebido como uma "grande notícia" pelo presidente americano Donald Trump. O presidente eleito Joe Biden destacou um novo sinal de "esperança", mas alertou que ainda resta uma longa batalha pela frente.
"Os primeiros resultados da fase 3 de nosso teste de vacina contra a covid-19 apresentam as provas iniciais da capacidade de nossa vacina para prevenir esta doença", afirmou o presidente da Pfizer, Albert Bourla.
"Demos um passo importante e estamos mais perto de prover aos cidadãos do mundo esta vacina, tão necessária para contribuir a acabar com esta crise sanitária mundial", completou.
O nível de eficácia da vacina foi medido pela comparação do número de participantes infectados com o novo coronavírus no grupo que recebeu a vacina e entre aqueles que foram submetidos a um placebo, de acordo com o comunicado conjunto.
Com base em projeções, as duas empresas afirmaram que pretendem fornecer 50 milhões de doses no mundo em 2020 e até 1,3 bilhão em 2021.
No momento, as infecções de covid-19 registram recordes em vários países, com hospitais próximos do colapso e o aumento do número de mortes.
Desde o início da pandemia, mais de 50 milhões de casos foram diagnosticados no mundo e mais de 1,2 milhão de mortes foram registradas.
Pfizer e BioNTech são as primeiras publicar o resultado da análise intermediária da fase três, mas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) outros nove projetos de vacina estão na mesma etapa.
A farmacêutica americana Moderna, vários laboratórios estatais da China e a Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca coordenam alguns programas.
Até o momento, nenhuma vacina recebeu autorização de distribuição comercial em larga escala, mas as autoridades chinesas aprovaram o uso de emergência de algumas vacinas em desenvolvimento. Na Rússia, parte da elite política anunciou ter sido vacinada com o antígeno Sputnik V, que o governo espera disponibilizar nos próximos meses em todo o país.
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