O painel de monitoramento da prefeitura de Porto Alegre indicava, até o final da tarde deste domingo (11), o nível mais baixo de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) por doentes de covid-19 em três meses.
Somente em 13 de julho, 90 dias antes, havia uma quantidade menor de hospitalizados do que os 237 pacientes registrados oficialmente até as 19h. Naquela data, havia 225 leitos de tratamento intensivo em uso devido à pandemia.
Apenas os hospitais Vila Nova, Independência e Restinga não haviam atualizado suas informações diárias até esse horário. Quando se analisa a ocupação das vagas pela média semanal, o que reduz o impacto de flutuações pontuais, a tendência de queda se mantém: nos últimos sete dias, a cifra de pessoas hospitalizadas recuou 5,6%. A variação na média de pacientes em números absolutos, ao longo desse período, foi de 268 pacientes para 253.
Esse cenário repete o de uma semana atrás, quando no domingo também houve redução na média semanal em comparação com o período anterior. Naquele momento, o decréscimo havia ficado em 7%, indicando se tratar de uma tendência mais ampla.
Contando-se todos os doentes internados em UTIs na cidade, e não apenas aqueles com coronavírus, a taxa de ocupação nos hospitais estava em 83,5%, com 664 das 776 vagas disponíveis via SUS ou convênios em utilização. Não havia nenhum hospital com 100% de lotação na UTI.
Nesta segunda-feira (12), uma reunião do comitê de enfrentamento ao coronavírus da prefeitura de Porto Alegre deverá discutir a possibilidade de novas liberações de atividades no município. Conforme o secretário-adjunto da Saúde da Capital, Natan Katz, a situação epidemiológica é um dos itens que serve de parâmetro para essa discussão, além do risco de cada atividade e o planejamento estratégico da prefeitura.