Os resultados das aplicações da vacina chinesa (e do seu placebo) no Brasil devem começar a ser analisados entre outubro e novembro. A previsão é do Instituto Butantan, de São Paulo, que coordena os experimentos em parceria com instituições de saúde espalhadas pelo país, entre elas o Hospital São Lucas da PUCRS. Há 852 voluntários em Porto Alegre — todos profissionais de saúde que estão trabalhando no atendimento a pacientes com coronavírus.
Se os dados forem positivos, eles já serão encaminhados para avaliação e possível aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A distribuição da vacinas, tanto no âmbito das unidades da federação quanto no que diz respeito aos grupos prioritários, deve ser definida pelo Ministério da Saúde.
A vacina desenvolvida pela Sinovac, a chamada CoronaVac, está com estudo em fase três, na qual um grande número de pessoas recebe as doses para testar sua segurança e eficácia. É a última fase da pesquisa.
Em São Paulo, o governador João Doria anunciou no domingo (20) que o Estado deve receber, em outubro, 5 milhões de doses dos imunizantes. Até dezembro, estimou o governador, devem ser 46 milhões de doses.
Primeiras doses na China
Sem deixar claro de qual vacina falava, a chefe de biossegurança do Centro de Controle de Doenças e Prevenção da China, Wu Guizhen, informou no fim de semana que, a partir de novembro, cidadãos do país já poderão receber as primeiras doses contra a covid-19. Dos nove imunizantes que estão na terceira fase de estudos, cinco são desenvolvidas pela nação asiática.
Além da CoronaVac, outro imunizante de origem chinesa que é testado no Brasil é fruto da parceria da BioNTech com a Fosun Pharma e a Pfizer. Os testes serão realizados em São Paulo e na Bahia, no entanto, o recrutamento ainda não foi aberto.
Também estão com estudos em andamento as doses da CanSino, da Sinopharm e Wuhan Institute of Biological Products e da Sinopharm e Beijing Institute of Biological Products.