Setembro Verde
Campanha de conscientização sobre a importância da doação de órgãos.
Como doar
A primeira exigência é a autorização da família. Segundo lei federal, nem o registo deixado em vida garante que os órgãos sejam doados sem que familiares autorizem o procedimento. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) faz transplantes de coração, pulmão, rins, pâncreas, fígado (os chamados órgãos sólidos), pele, ossos, cartilagens e vasos sanguíneos (os tecidos humanos). Não há impeditivos de idade, tipo sanguíneo, gênero ou raça para doar. As únicas restrições são pessoas portadoras do vírus HIV, com alguma doença infecciosa ativa ou que tiveram câncer.
A situação no Brasil
Nos últimos três anos, a média de transplantes realizados no país foi de 27 mil por ano, sendo 65% desse total de tecidos, principalmente córneas. Segundo dados de 2019 do Ministério da Saúde, mais de 37 mil pessoas aguardam por algum tipo de transplante no Brasil. A maior demanda (27 mil) é por órgãos sólidos, em especial rins (92%). O Rio Grande do Sul segue a tendência nacional, com 1.386 pessoas na fila, sendo 1.112 à espera de um rim. No Estado, desde 2011 a média anual de procedimentos está entre 1,6 mil e 1,7 mil.
Doações intervivos
Além dos órgãos doados pelos familiares pós-óbito, há a possibilidade de transplante intervivos, em casos de órgãos que têm pares, como pulmões e rins. Esses só podem ser realizados entre membros da mesma família.
Setembro Dourado
Campanha de prevenção e conscientização sobre o câncer infantojuvenil.
Tipos
Leucemias, tumores cerebrais e linfomas são os cânceres mais comuns em crianças e adolescentes, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Diferentemente dos adultos, em que o desenvolvimento da doença pode estar associado a fatores externos ou ao uso de algumas substâncias, o surgimento da doença nos primeiros anos de vida está vinculado a outras causas, entre elas a suscetibilidade genética.
Sintomas
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, os sinais de alerta mais comuns são leucocorias (reflexos brancos na pupila), estrabismo, aumento repentino de alguma região do corpo, hematomas não associados a traumatismos, dores persistentes em ossos, articulações e costas e fraturas sem traumas, além da puberdade precoce e de dores de cabeça, comprometimento de atividades motoras, alterações comportamentais, entre outros.
Sobrevida alta
O câncer infantojuvenil é a principal causa de morte por doença entre zero e 19 anos. Há uma estimativa de 12 mil novos casos por ano no país, de acordo com o Inca, porém, o índice de sobrevida é significativo: 64%. Na comparação com adultos, o câncer em crianças e adolescentes tende a se desenvolver de maneira mais rápida e agressiva. Mas os pequenos também costumam responder melhor ao tratamento com quimioterapia.
Setembro Amarelo
Campanha de prevenção ao suicídio.
Ainda um tabu
A importância do Setembro Amarelo se evidencia pela difusão de informações sobre um tema que precisa ser mais comentado para ser melhor compreendido. A iniciativa, encabeçada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Nacional de Medicina, é inspirada no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, em 10 de setembro.
Causas e sinais
Segundo a ABP, a maioria dos casos tem relação com transtornos mentais, sendo os principais depressão, bipolaridade e abuso de substâncias. Algumas situações às quais a pessoa é acometida podem intensificar a sensação de mal-estar – desde dificuldades econômicas e de afirmação social até a exposição a agrotóxicos.
De modo geral, o suicídio não ocorre de maneira súbita. A pessoa que está sofrendo costuma dar sinais do seu estado. Nesses casos, é fundamental oferecer ajuda – que tem se revelado potencialmente reversora dos quadros. Psicólogos e psiquiatras são um caminho natural. Quem tem dificuldades financeiras ou de acesso à informação pode procurar o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende pelo número 188 ou neste site.
Homens e idosos
Anualmente, 12 mil pessoas tiram a própria vida no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos suicídios ocorre na terceira idade e com os homens – eles correspondem a 79% das mortes.