Em dois decretos publicados na noite deste domingo (23), a prefeitura de Cruz Alta, no noroeste do Estado, definiu novas regras para o funcionamento da atividade econômica e para a circulação de pessoas no município. Um dos decretos prorrogou o chamado “toque de recolher”, adotado desde o início de julho, por mais uma semana.
A restrição na circulação, agora, vai até a próxima segunda-feira (31). O decreto proíbe o deslocamento de pessoas ou veículos em vias públicas entre 21h e 5h, sob risco de apreensão ou condução à delegacia para boletim de ocorrência. No período em que o “toque de recolher” está em vigor, fica vedado o sistema de pegue e leve, e é permitida somente telentrega.
A circulação dos trabalhadores da saúde, assistência social e segurança está autorizada. O mesmo ocorre para outras pessoas em casos de urgência, como acesso a serviços de saúde ou compra de itens essenciais.
— O período da noite é o que costuma registrar mais aglomerações, principalmente quando o tempo está um pouco melhor. Vimos que a restrição foi eficiente, tanto na avaliação das equipes da prefeitura quanto da Brigada Militar. São critérios simples usados por todas as equipes, e isso tem reduzido a circulação de pessoas, que é muito importante – afirma o prefeito de Cruz Alta, Vilson Roberto Bastos dos Santos.
Horário do comércio
Na última sexta-feira (21), a região de Cruz Alta passou da bandeira vermelha para a bandeira laranja no modelo de distanciamento controlado do governo do Estado. Mesmo assim, a prefeitura optou por adotar regras mais rígidas em relação aos protocolos previstos pelo Estado para a região.
A restrição ocorre para comércio e serviços não essenciais, que deverão funcionar no máximo seis horas por dia, de segunda-feira a sábado, com número reduzido de clientes. O horário definido prevê turno único, das 8h às 14h, com fechamento à tarde. A única exceção à regra são academias e serviços de higiene pessoal, que podem funcionar entre 7h e 19h.
Segundo o prefeito Vilson Roberto Bastos dos Santos, a medida foi tomada devido ao avanço do coronavírus, o que levou o Hospital São Vicente de Paulo a atingir 100% dos leitos de UTI ocupados na semana passada. Para ele, esta é uma maneira de se antecipar a um possível retorno à bandeira vermelha:
— A gente vai tentar puxar um pouco para baixo nesta semana. Se nossa situação permanecer individualmente do jeito que está, a gente provavelmente volta para a vermelha de novo. A ideia é nos antecipar a alguns problemas. Está havendo uma naturalização da pandemia, e isso não pode acontecer. As pessoas precisam entender a necessidade de não haver aglomeração.