O presidente Jair Bolsonaro instituiu na noite desta segunda-feira (16) o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da covid-19. O decreto, publicado em seção extra do Diário Oficial da União, prevê que o grupo de trabalho seja coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto. Também farão parte da comissão os ministros Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, Paulo Guedes, da Economia, e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde. No Twitter, Bolsonaro disse que o comitê irá desenvolver "mais ações de combate ao vírus" e que "novas medidas serão adotadas" para evitar a sua propagação.
Mais cedo, Paulo Guedes anunciou um pacote de medidas para minimizar os efeitos do novo coronavírus. Em conjunto com ações anunciadas na semana passada, as propostas têm impacto de R$ 147,3 bilhões. Na área que classifica como atenção à população mais vulnerável, a pasta informou que valores não sacados de PIS/Pasep serão transferidos para o FGTS para permitir novos saques, no valor de R$ 21,5 bilhões.
Ainda nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que vai liberar mais R$ 432 milhões para os Estados. O dinheiro deverá ser usado na compra de equipamentos e leitos de UTI e contratação de pessoal e de serviços para combater os avanços da pandemia. O valor destinado para o Rio Grande do Sul é de cerca de R$ 24 milhões e vai ser disponibilizado após apresentação de plano de gastos do governo do Estado ao Ministério da Saúde. O Rio Grande do Sul também deve ser beneficiado com 30 leitos por seis meses, prorrogáveis por mais seis meses.