O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas está com atendimento restrito na UTI Neonatal após confirmação de casos de um germe multirresistente em dois bebês internados no setor. A orientação do hospital é para que gestantes com risco de parto prematuro procurem outras instituições.
A área onde há chance de contaminação foi isolada, reduzindo a capacidade da UTI para novos atendimentos. Hospitais que podem ser opções para quem precisa de atendimento em casos de nascimento prematuro em Porto Alegre são o Fêmina, o Hospital de Clínicas e o Criança Conceição.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os casos são de acinetobacter, tipo de bactéria transmitido pelo ar e por contato com roupas e lençóis, podendo ocasionar infecções na pele e nos pulmões. Os dois bebês diagnosticados permanecem hospitalizados e precisam de cuidados, por isso não há previsão de alta para eles. Segundo a prefeitura, a liberação da UTI só ocorrerá após a saída dos pacientes, uma vez que o local precisa passar por limpeza especial após.
Apesar disso, o hospital garante que não há risco de contaminação para as outras áreas, inclusive para outros bebês que seguem na UTI. A orientação serve, ainda conforme a instituição, porque houve redução nos leitos disponíveis e a unidade já opera na capacidade máxima. A comissão de controle de infecção hospitalar está monitorando os pacientes internados.
— O isolamento para este tipo de caso é de um metro, então o atendimento com um funcionário especial já retira o risco de contaminação para outros bebês. A restrição é somente porque já operamos normalmente acima da nossa capacidade na UTI — reforça a doutora Adriani Galão, diretora-geral do hospital.
Ela salienta que a instituição limitou as visitas de familiares, a fim de evitar a disseminação dos germes. Também foi intensificada a higiene de mãos e a utilização de equipamentos de proteção individual nos cuidados com os pacientes.