O Ministério da Saúde confirmou que está trabalhando com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul para tratar do caso suspeito de coronavírus em São Leopoldo. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, falou que está em contato constante com autoridades do Estado e que condição de isolamento do paciente suspeito deve ser decidida pelos médicos.
— Hoje pela manhã eu falei com a secretária Arita Bergmann. Estamos monitorando a situação. Vamos nos falar ainda no final da manhã para tomar a conduta necessária. Se ele precisar permanecer, ele permanece. Isso é decidido com os médicos, que têm mais condições de manejar esse caso com segurança.
O secretário ressaltou que os resultados laboratoriais desse caso já estão quase prontos e que, dando positivo para qualquer vírus respiratório, como o influenza, o quadro de suspeita já é descartado.
Ele também explicou como as notificações estão sendo avaliadas para saber se um caso é suspeito ou não. Os indícios são ter febre, apresentar dificuldade respiratória e ter estado na China ou ter tido contato com alguém que esteve no país e ficou doente nos 14 dias anteriores ao surgimento dos primeiros sintomas.
— Se você está com febre agora e esteve na China em dezembro, não está entrando em caso suspeito. A referência são os 14 dias.
Ouça a entrevista
Além disso, a recomendação é que os profissionais da saúde perguntem sobre o histórico de viagem do paciente e que o registrem no prontuário. Dessa maneira, tendo uma evolução do caso, ele pode ser investigado no futuro. O secretário reafirmou, porém, que só entra no quadro suspeito quem teve uma relação espacial ou tenha contato com alguém que foi para a China e ficou doente.
Wanderson Oliveira falou também que as notificações recebidas no Rio Grande do Sul estão sendo analisadas no Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado. Até o momento, foram notificados três casos no RS, mas apenas um deles se classificou como suspeito.
— No dia 22 de janeiro, recebemos uma notificação de Montenegro, mas não se enquadrava. Depois, tivemos uma notificação de Dois Irmãos , que também não se classificava como caso suspeito. Já nesta terça (28), recebemos um caso de um homem de 40 anos de São Leopoldo que se classifica como suspeito — explicou.
Até a terça-feira (28), o Ministério da Saúde confirmava três casos suspeito de coronavírus no país, em Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), além do de São Leopoldo. Já nesta quarta-feira (29), o caso de Curitiba foi descartado. A informação foi confirmada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
