Novos testes para averiguar a presença ou não de DNA de protozoários que transmitem a toxoplasmose em amostras de água coletadas em Santa Maria serão feitos no primeiro semestre de 2020. O estudo será feito pela prefeitura de Santa Maria, em parceria com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e o Laboratório de Doenças Parasitárias da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Em 2018, um surto de toxoplasmose assolou o município e causou pelo menos seis abortos e um óbito fetal. Foram confirmados 79 casos de toxoplasmose aguda gestacional e 53 foram considerados inconclusivos.
Conforme nota divulgada nesta segunda-feira (6), um bioensaio, exame que investiga a presença de protozoário na água após testes em organismos vivos (animais em laboratórios), será realizado. A previsão é de que o exame seja encaminhado ainda no começo de fevereiro e tenha um custo de R$ 44 mil, segundo o termo de referência elaborado pela prefeitura.
— Não foi identificado o estado do protozoário vivo/ativo na água. Também não sabemos se o organismo é o mesmo que provocou surto em 2018. Vamos fazer um novo teste para descobrir — declara o superintendente regional da Corsan, José Epstein.
De um total de 26 amostras captadas no mês de junho, quatro identificaram o DNA de protozoários. Ainda de acordo com a prefeitura, o monitoramento dos reservatórios e das análises de água será mantido.
Confira a nota na íntegra:
"Representantes da Prefeitura, Corsan e Laboratório de Doenças Parasitárias da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) esclarecem que, com a concentração de esforços na investigação das causas do surto de toxoplasmose que ocorreu no município em 2018 e em função da testagem positiva para um DNA de protozoário toxoplasma em quatro das 26 amostras colhidas, será mantido o monitoramento dos reservatórios e das análises de água.
Além disso, será realizado um bioensaio, exame que investiga a presença de protozoário na água após testes em organismos vivos (animais em laboratórios).
A previsão é de que o exame seja encaminhado ainda no começo de fevereiro de 2020 ao custo de R$ 44 mil, conforme o termo de referência elaborado pela Prefeitura.
Esclarecemos, também, que o fato da presença de fragmentos de DNA não está relacionado com a possibilidade de infecção, uma vez que não se identificou o estado do protozoário vivo/ativo na água armazenada nem se o organismo é o mesmo que provocou surto em Santa Maria em 2018."