Exigida para entrar em diversos países, a vacina contra a febre amarela não deve ser lembrada apenas antes de uma viagem internacional. Conforme levantamento do Ministério da Saúde, desde o dia 1º de janeiro de 2019, a doença causou pelo menos 14 mortes no Brasil. Uma delas foi registrada em Santa Catarina.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacinação contra a doença. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, ela está disponível em quase 2 mil salas de vacinas de Unidades Básicas de Saúde do Estado.
Uma só dose é suficiente para conferir proteção para toda a vida, não sendo necessário reforço. Abaixo, tire suas dúvidas sobre a febre amarela.
Tire suas dúvidas
O que é a febre amarela
É uma doença infecciosa causada por vírus, que se manifesta por febre, dor no corpo, amarelão, fraqueza e com alto risco de morte em suas formas graves.
Causas da doença
Existem dois tipos de febre amarela: silvestre e urbana. Nos dois casos, o vírus transmitido é o mesmo. A diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão. Na urbana, o vírus é transmitido ao homem pelo mosquito Aedes aegypti.
Na silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus, e os macacos são os principais hospedeiros. Assim, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada entra em uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. No Brasil, não há registro de febre do tipo urbana desde 1942. Os casos registrados atualmente no país são classificados como silvestres.
Sintomas da febre amarela
Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito, calafrios, dores de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Após esse período inicial, geralmente ocorre declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Entre 20% e 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer. A doença pode levar à morte, se não for tratada rapidamente. Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura. Isso quer dizer que você só pode ter febre amarela uma vez na vida.
Vacinação
O SUS oferece gratuitamente a vacina contra a febre amarela que está disponível para a população em quase 2 mil salas de vacinas de Unidades Básicas de Saúde do Estado. Uma dose única da vacina é suficiente para conferir uma imunidade sustentada e uma proteção para toda a vida contra esta doença, não sendo necessária a dose de reforço. Pessoas com idade entre nove meses e 59 anos devem receber uma dose da vacina.
A vacinação de pessoas com mais de 60 anos, gestantes e mulheres que estejam amamentando, além de crianças menores de seis meses deve ocorrer apenas em situações especiais, como emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco. Nestes casos, a avaliação de risco/benefício deve ser feita por um médico. Em mulheres que estejam amamentando, pode-se considerar a suspensão do aleitamento materno por 10 dias.
Quem não deve tomar a vacina contra febre amarela
- Crianças menores de nove meses de idade.
- Mulheres amamentando crianças menores de seis meses de idade.
- Pessoas com alergia grave ao ovo.
- Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350.
- Pessoas em de tratamento com quimioterapia/ radioterapia.
- Pessoas portadoras de doenças autoimunes.
- Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).
Diferença entre a dose fracionada e a dose padrão da vacina
Na dose padrão (0,5 mL) o tempo de proteção é para vida toda. Já na dose fracionada (0,1 mL) a proteção dura pelo menos oito anos.