Antes restrita ao grupo prioritário, a vacina da gripe já está disponível para a população em geral. Na manhã desta segunda-feira (3), a procura foi grande nas unidades de saúde de Porto Alegre.
No Posto de Saúde Modelo, que historicamente fica entre as unidades com maior movimento do Estado, mais de 300 pessoas foram imunizadas, entre 8h e 11h, considerando apenas a população que antes não tinham direito à vacina de forma gratuita. A espera foi de cerca de 20 minutos nas filas, com 50 pacientes em média.
De acordo com Francisco Mazzuca, coordenador da unidade localizada na região central de Porto Alegre, o número de pessoas que procura por imunização contra a gripe deverá superar o período da campanha nacional, encerrada na última sexta-feira (31).
— Nas primeiras semanas vacinávamos, em média, 1,5 mil pessoas por dia. Acredito que vamos ter mais, seguramente.
São quatro salas exclusivas para vacinas no Modelo. Com dois dos três filhos fora do grupo prioritário, Cláudio Lino de Almeida, 51 anos, tirou a manhã para ir no posto.
— Trazendo agora para aproveitar que abriu para todo mundo — afirmou, ao lado dos meninos, de 10, sete e seis anos.
Sem deixar a pilcha em casa, Luiz Rogerio Alves, 54 anos, repetiu a tradição.
— Todo ano venho. Tem que cuidar, evitar uma gripe — disse o artesão, que vende itens gauchescos no Parque Harmonia.
A prorrogação da vacinação foi definida pela Secretaria Estadual da Saúde, que segue recomendação do Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, menos da metade dos municípios atingiu a meta de imunizar 90% do público-alvo: 230 cidades, segundo o governo gaúcho. Na cobertura total, 80% da população teve a dose aplicada.
O público-alvo é composto por crianças entre seis meses e menores de seis anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, mulheres que deram à luz a até 45 dias, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Na Unidade de Saúde Bom Jesus, na zona leste da Capital, a procura foi considerada alta para o local: cerca de 50 pessoas atendidas nas duas primeiras horas.
João Barbosa Luz, 21 anos, levou a filha Yasmin, de seis, para a fila do posto nessa manhã.
— Não tive tempo de trazer ela antes. Hoje já aproveito e me vacino, porque é importante, né? — afirmou.
A unidade de saúde Assis Brasil precisou abrir uma segunda sala específica para os atendimentos, devido à alta procura. A vacinação segue nos postos enquanto houve estoque.