Desde setembro, pessoas com Parkinson não encontram os medicamentos para tratar a doença na Farmácia do Estado, em Porto Alegre. É o caso da aposentada Lourdes Márcia Duarte, 52 anos, moradora da Capital. Sem poder esperar, precisou arcar com os custos da compra do remédio. Ela faz uso da substância Amantadina, um dos ativos usados para tratar a doença.
— Preciso de 90 comprimidos por mês. Como fiquei sem a medicação e sem previsão, tive que comprar o remédio — detalha.
Lourdes descobriu a doença em 2006. Dois anos depois, começou o tratamento na Santa Casa de Misericórdia da Capital, onde trabalhava como técnica de nutrição havia duas décadas. Desde 2012, o acesso aos remédios pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é feito via Farmácia do Estado.
— Infelizmente, não é a primeira vez que está em falta. E o pior: ligo para a ouvidoria e não consigo ser atendida — reclama, ressaltando que precisa ir pessoalmente verificar se a medicação foi reposta.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou a falta da substância e informou que “o fornecedor entregou nova remessa do medicamento na segunda-feira (29), que será distribuída para a Farmácia de Medicamentos Especiais, as Coordenadorias Regionais e as Secretarias Municipais de Saúde”.
Avisada pela reportagem de GaúchaZH sobre o fornecimento da Amantadina, dona Lourdes voltou à Farmácia do Estado nesta quarta (31). Mas, novamente, deparou com a ausência do medicamento. A promessa é de que a remessa chegue ao local até segunda-feira (5).