Até o dia 22 de outubro, 2.425 casos de sarampo foram confirmados no Brasil, sendo 2 mil no Amazonas e 332 em Roraima. Os dois Estados registram ainda um total de 7.674 casos em investigação. De acordo com o Ministério da Saúde, casos isolados da doença foram confirmados em São Paulo (3), no Rio de Janeiro (19), no Rio Grande do Sul (43), em Rondônia (2), em Pernambuco (4), no Pará (17), no Distrito Federal (1) e em Sergipe (4).
O levantamento mostra que, até o momento, 12 mortes por sarampo foram confirmadas no país, incluindo quatro em Roraima (três estrangeiros e um brasileiro), seis no Amazonas (todos brasileiros, sendo três de Manaus, dois do município de Autazes e um do município de Manacapuru) e duas no Pará (indígenas venezuelanos).
Em nota, o ministério informou que, de janeiro a outubro, encaminhou o quantitativo de 13,2 milhões de doses da vacina tríplice viral — que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola — para os seguintes estados: Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe e o Distrito Federal. O objetivo, segundo o ministério, é atender à demanda dos serviços de rotina e a realização de ações de bloqueio, intensificação e campanha de vacinação para prevenção de novos casos da doença.
No RS, Porto Alegre registrou a maioria dos casos. Por isso, depois de anunciar que começará em breve a vacinação contra o sarampo em 130 escolas da rede municipal, a prefeitura da Capital decidiu estender a iniciativa para universidades.
Considerado livre da doença desde 2016, o Brasil corre o risco de perder o certificado de eliminação do sarampo em fevereiro de 2019. O critério adotado para a transmissão sustentada é de que o surto se mantenha no país por 12 meses.
Os sintomas incluem febre e exantema maculopapular (manchas vermelhas na pele), acompanhados de um ou mais dos seguintes: tosse, coriza e/ou conjuntivite. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, passou a ser aplicada em 1997 e é indicada no calendário básico quando a criança completa um ano. Aos 15 meses, a criança deve ser imunizada com a vacina tetraviral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. A imunização está disponível na rede pública de saúde durante todo o ano.