O Rio Grande do Sul já registra 12 mortes por leptospirose em 2018. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) contabilizados até o último dia 11 apontam que, em menos de oito meses, 298 casos da doença foram registrados no Rio Grande do Sul.
Porto Alegre registrou duas mortes neste ano. As outras 10 ocorreram em Agudo, Alvorada, Barracão, Eldorado do Sul, Esteio, Garibaldi, Gramado, Rio Grande, Teutônia e Venâncio Aires. Outros casos estão em investigação pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Os números de 2018 são mais baixos do que no mesmo do período dos últimos três anos. Em 2017, havia 361 casos e 18 mortes. Em 2016, 314 pessoas contraíram a doença no Estado até este período, e 12 morreram e, em 2015, o balanço parcial apontava 375 casos registrados e 23 mortes.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, em 2017 foram 490 casos durante o ano todo, sendo 20 mortes.
A doença
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira, que é eliminada no ambiente pela urina de ratos. A doença tem cura, mas, se não tratada, pode levar a um quadro grave, inclusive à morte.
Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (principalmente na panturrilha) e calafrios, que aparecem de sete a 15 dias depois da contaminação.
Uma das principais formas de contaminação é quando há enchentes e inundações, já que a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama, elevando o risco de contato da população com a bactéria. Em caso de enchentes, o CEVS orienta que os moradores evitem contato com a água ou lama e que usem botas e luvas de borracha durante o trabalho de limpeza. Os moradores também devem usar sabão e água sanitária para lavar a casa e os objetos atingidos pelas enchentes (a proporção recomendada é de um copo de água sanitária para vinte litros de água).