Dietas ricas em proteínas são bastante populares, no entanto, adverte a American Heart Association (AHA), dos Estados Unidos, nem todas as proteínas são iguais e benéficas. Para não correr riscos, a entidade médica norte-americana recomenda consumi-las com cuidado e moderação.
Recentemente, um estudo finlandês analisou o consumo desse macronutriente e descobriu que, em homens de 42 a 60 anos, um consumo alto de proteína aumentou, ligeiramente, o risco de insuficiência cardíaca.
— A ingestão alta de carnes, especialmente as processadas, não faz bem para a saúde em geral — disse o autor da pesquisa, Jyrki Virtanen, professor da University of Eastern Finland.
No estudo, Virtanen acompanhou 2.441 homens ao longo de duas décadas. Do total, 334 tiveram insuficiência cardíaca, revelando que quem consumia muita proteína tinha 33% mais risco de sofrer com o problema em relação àqueles que consumiam menos proteína. Esse índice subia para 43% quando a fonte desse macronutriente era animal.
Embora admita que mais estudos sobre o tema são necessários, o professor adverte:
— Nossos achados indicam que a ingestão alta de proteína pode trazer efeitos adversos à saúde, especialmente se ela for de origem animal.
Por outro lado, um estudo publicado em novembro revelou que ter uma alimentação plant-based (à base de vegetais, frutas e verduras) reduziu em 42% o risco de insuficiência cardíaca, segundo a AHA.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos recomenda o consumo de 0,8 gramas de proteína por dia para cada quilo de peso. Entretanto, o mais seguro é consultar um médico ou nutricionista para avaliar a necessidade individual.