Comprado em 2012, a um custo de R$ 1,6 milhão e sem nunca ter sido usado, o aparelho de ressonância magnética do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) deve começar a funcionar na primeira semana de setembro. A projeção foi dada pela diretora do Husm, Elaine Resener, nesta terça-feira (31).
O novo passo deve encerrar uma novela que se arrasta desde a compra do equipamento, que pesa sete toneladas, e chegou a ficar em um depósito por falta de quem o transportasse. Depois, foi preciso fazer uma obra para a construção de uma sala especial no hospital que comportasse o aparelho. E, por fim, a empresa que vendeu o equipamento teve de encomendar peças do exterior que faltavam para a máquina entrar em operação.
Esse será o primeiro aparelho de ressonância magnética do Hospital Universitário. Enquanto não é usado, o Universitário precisa comprar a cota desse tipo de exame de um hospital da rede particular do município a um custo de mais de R$ 100 mil mensais, diz Elaine Resener.
Agora, a direção busca junto à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Husm, obter os profissionais para trabalhar na realização dos exames. Para isso, o hospital pleiteia a liberação de três médicos radiologistas, dois enfermeiros, quatro técnicos em radiologia, quatro técnicos em enfermagem e dois assistentes administrativos.
— Buscamos, agora, que a Ebserh atenda a essa nossa demanda e libere esses profissionais. Até porque esperamos de longa data a solução para essa situação. O aparelho é de extrema importância para a comunidade que nós atendemos. Estamos buscando esses profissionais e se trata de uma equipe enxuta, mas necessária para a colocação em funcionamento desse aparelho — diz a diretora.
Uma vez liberados esses profissionais, eles passarão por um curso de capacitação que é dado pela empresa que vendeu o aparelho. Quando estiver em pleno funcionamento, o equipamento realizará, em média, 220 exames mensais - todos pelo SUS.