Com a promessa tentadora de melhorar a postura e reduzir medidas, as cintas modeladoras têm aparecido com frequência na rotina de celebridades como Sabrina Sato, Claudia Raia e Gabriela Pugliesi. Algumas delas, inclusive, utilizam o acessório durante a prática de exercícios, hábito não recomendado por especialistas.
Sem nenhum porque fisiológico, clínico e nem funcional, o uso das cintas não é capaz de promover o emagrecimento e sequer a redução nas medidas. O fisioterapeuta Fernando Prati é enfático ao criticar os acessórios:
— A cinta vai moldar na hora em que está apertada. Quando é tirada, o efeito desaparece. Não há fórmula mágica. As pesquisas científicas são todas direcionadas para o que é essencial: controle alimentar e exercício orientado.
Além de não ajudar, o uso das cintas pode atrapalhar o rendimento quando utilizadas durante a prática de exercícios. Prati explica que ao pressionar o abdômen, a movimentação do diafragma é prejudicada. Como esse músculo exerce papel fundamental na respiração, a consequência das cintas é um menor abastecimento de oxigênio e um quadro de fadiga mais rápido.
— Ao fazer pressão abdominal, vários órgãos são empurrados para trás, pressionando a coluna vertebral — afirma o fisioterapeuta.
O profissional de Educação Física Alessandro Gamboa, conselheiro do Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região, completa dizendo que as cintas atrapalham a circulação e a contração muscular, prejudicando os movimentos.
— Tem gente que defende que elas protegem a postura, mas não. Apesar de apertadas, elas são flexíveis. Para alguns exercícios, usa-se um cinto para ajudar um pouco, mas ele é de couro, é forte.
Portanto, na hora de suar a camiseta, a dica é usar roupas confortáveis, leves e que não apertem, deixando o corpo livre tanto para realizar os movimentos quanto para transpirar.