As lojas e lancherias da Estação Rodoviária de Porto Alegre estão fechadas desde maio. O local foi um dos primeiros a ser afetado pela enchente histórica. A Associação dos Empresários da Estação Rodoviária de Porto Alegre (Aeerpa) estima prejuízo de ao menos R$ 8 milhões.
O prejuízo é contabilizado de forma parcial e leva em conta apenas a parte interna dos estabelecimentos – reparos no gesso, pintura, parte elétrica, além de todo estoque e móveis que foram perdidos. Os permissionários seguem trabalhando para reabertura, no entanto, ainda não há previsão.
Conforme o presidente da associação, Cassio Elkik, são cerca de 30 estabelecimentos e todos precisam passar por algum tipo de manutenção.
— Algumas lojas chegam a contabilizar prejuízo de R$ 400 mil. Temos que recomeçar do zero, arcar com os estoques e materiais perdidos e também a manutenção dos funcionários. Mas é difícil porque estamos fechados — explicou.
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) é responsável pela gestão dos espaços comerciais. Procurado pela reportagem, o Daer informou que não há previsão para a retomada das lojas. Um acordo está sendo feito com os permissionários para ajustar o retorno e atualizar valores de locação. Enquanto isso, levantamentos dos custos seguem sendo realizados. Ainda segundo o Daer, desde maio o aluguel não está sendo cobrado.
A rodoviária voltou a receber passageiros no dia 7 de junho. No entanto, com todas as lancherias fechadas, ambulantes fixaram ponto na calçada diante dos guichês de passagens. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), equipes monitoram o local e orientam aos ambulantes.