Quem circula pelas ruas do Menino Deus, em Porto Alegre, nesta terça-feira (11), pode observar equipes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) realizando a limpeza dos bueiros do bairro. O serviço, já rotineiro, busca desobstruir as redes e auxiliar com o escoamento da cidade, principalmente após a enchente.
A reportagem de GZH esteve na localidade na manhã desta terça-feira e constatou o serviço nas ruas José de Alencar e Costa e na Avenida Praia de Belas. Lodo, barro, partes de árvores e de outros vegetais estavam entre os detritos retirados das bocas de lobo da localidade.
Depois da enchente, encontrar itens que anteriormente não eram achados neste tipo de limpeza se tornou mais comum, uma vez que a força das águas levou o que estava pelas ruas para os bueiros. Segundo o Dmae, objetos como madeiras, brinquedos, garrafas PET, latinhas, sacos plásticos, marmitas de isopor e até tronco de árvores já foram retirados pelas equipes que realizam esta limpeza após a tragédia climática.
O trabalho
De acordo com o Dmae, a limpeza e o desassoreamento das redes de drenagem da Capital são serviços regulares feitos por meio do departamento. As redes são hidrojateadas pelas equipes, que também realizam a remoção manual de resíduos maiores quando necessário.
"O objetivo deste serviço é a remoção da lama nas redes pluviais com vistas ao bom funcionamento do sistema de drenagem após os eventos de maio. É importante para evitar novos alagamentos no bairro", explicou o departamento por nota.
Reforço com caminhões de sucção
O Dmae passou a utilizar, na semana passada, caminhões de hidrojateamento combinados com sucção de alta potência para apoiar e acelerar a regularização da operação das redes de drenagem e esgotamento do município.
Esses equipamentos fazem parte dos contratos emergenciais realizados pelo departamento após a enchente. O trabalho realizado nesta terça-feira, no entanto, não contou com esses caminhões de sucção.
Os equipamentos que geralmente são utilizados pelo Dmae aspiram detritos de pequeno diâmetro, como lama e areia, até no máximo 25 metros cúbicos por minuto. O novo contrato permite o funcionamento de caminhões que aspiram detritos de diâmetros maiores, como pedras, garrafas PET e galhos, com uma capacidade aproximada de 680 metros cúbicos de ar por minuto.
Esses equipamentos estão permitindo, segundo o Dmae, a retirada da sobrecarga de resíduos que a enchente colocou nas redes e sistemas de drenagem, evitando novos alagamentos.