Uma pequena ilha de Porto Alegre está praticamente abandonada após ser devastada pela enchente. Das cerca de 80 famílias que vivem na Ilha Mauá, separada da Ilha da Pintada por um arroio, apenas quatro conseguiram voltar para casa. Na manhã desta quarta-feira (12), GZH circulou pela região, onde a água baixou há cerca de uma semana, mas a única rua da ilha está tomada por barro, e ainda há pontos com lâminas d’água.
Os carros só conseguem chegar até a ponte que divide as duas ilhas. Apenas alguns caminhões maiores acessam a via que dá acesso às casas. Os poucos moradores que conseguiram retornar estão com dificuldades para limpar a sujeira devido à falta de luz e de água. Eles dormem em colchões em meio ao lodo.
— Para que todas as famílias possam voltar, acredito que vai demorar pelo menos uns três meses ainda. Tem muita lama, areia e lodo. Sem água, fica difícil — conta Jorge Luiz Ribeiro, 73 anos, que vive na ilha há cinco décadas.
O abastecimento de água começou a ser retomado no bairro Arquipélago no último sábado (8), no entanto, segundo o Departamento Municipal De Água e Esgotos (Dmae), ainda há redes danificadas. Uma equipe esteve na Mauá nesta manhã para tentar identificar o problema.
Em relação à energia elétrica, um fio solto em um poste impede o funcionamento da luz. Procurada, a CEEE Equatorial "informa que não existe falta de energia de forma geral na região das Ilhas. As equipes da companhia estão totalmente mobilizadas e monitorando as áreas que foram alagadas para restabelecer o serviço de energia elétrica o mais rápido possível em casos isolados, seguindo as normas de segurança e as orientações dos órgãos competentes."