Concessionária da rodoviária de Porto Alegre, a Veppo e Cia Ltda contratou R$ 1,25 milhão em crédito com a Caixa Econômica Federal para acelerar a recuperação da estação. O contrato foi assinado na tarde de quarta-feira (19), e os recursos devem ser repassados até segunda-feira (24).
O crédito foi contratado no âmbito do Programa Emergencial de Acesso a Crédito Solidário, com garantia do Fundo Garantidor para Investimentos (PEAC-FGI), voltado especialmente a empresas que tiveram perdas materiais decorrentes da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em maio passado.
Com o objetivo de turbinar as operações do programa, o governo federal fez um aporte de R$ 450 milhões para concessão de garantias no FGI, projetando alavancagem de contratações de crédito no valor de até R$ 5 bilhões. O Painel da Reconstrução, ferramenta desenvolvida por GZH, acompanha as ações de apoio ao Rio Grande do Sul sendo realizadas pelos governos federal e estadual.
Essa linha de crédito do PEAC-FGI Solidário é destinada a empresas com receita bruta anual, em 2023, de até R$ 300 milhões, e o valor máximo a ser tomado depende de avaliação, sendo limitado a R$ 10 milhões. O empréstimo conta com até 24 meses de carência, e taxas de juros a partir de 1,18% ao mês.
— Para a Caixa é uma satisfação celebrarmos este contrato com a rodoviária de Porto Alegre para disponibilização de recursos através da linha de crédito FGI Solidário, apoiando a retomada de um serviço fundamental para os gaúchos. A retomada das atividades da rodoviária simboliza um grande marco para a reconstrução — destaca Renato Scalabrin, superintendente de rede da Caixa em Porto Alegre.
O valor contratado pela Veppo será utilizado para a recuperação de prejuízos causados pela enchente na rodoviária. Estão previstas ações para restauração de danos a mobiliários, com a recuperação de guichês, mesas, bancos, portas e vidros; de danos eletrônicos, com a recuperação de equipamentos como computadores, impressoras e totens; e de danos elétricos, com a recuperação de disjuntores, tomadas e da iluminação, entre outros.
— Tivemos mais de um metro de água durante o alagamento, o que causou inúmeros prejuízos, de computadores até bobinas para imprimir as passagens. Essa retomada da rodoviária é fundamental nesse momento, pela importância para quem precisa se deslocar a partir da Capital, e pela dificuldade de recuperação de outras operações, como a do aeroporto, por exemplo — afirma o diretor de operações da Veppo, Giovanni Luigi, acrescentando ainda que, atualmente, a rodoviária está com 40% do movimento regular registrado até abril, antes da enchente.