Cerca de 200 mil carros foram afetados pela enchente que afetou o Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano, conforme estimativa de consultorias da área. Muitos desses veículos estão sendo vendidos em leilões, por valores que variam de 45% a 60% do preço da tabela Fipe.
Os proprietários de carros perdidos na enchente acionam o seguro. As seguradoras indenizam os proprietários e ficam com os veículos, que são destinados para os pregões.
Em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana, um depósito conta com 6 mil veículos parados, sem funcionar. Cerca de 120 carros foram colocados à venda no primeiro leilão de carros da enchente realizado no Estado. Do total, 111 deles foram arrematados.
— O carro de leilão, geralmente, passa um pouco dos 50% do valor do bem. Então é um bom negócio — diz Bruno Manso de Siqueira, que comprou um veículo no leilão.
A leiloeira Liliamar Pestana Gomes coordenou o primeiro pregão de veículos de enchente no Rio Grande do Sul. O evento foi realizado em um auditório e também transmitido via internet, permitindo que interessados de todo o país participassem.
— Recebemos os veículos. Fizemos a higienização. Para alguns modelos e anos é retirado o óleo, é feito todo um processo para ser preparado esse veículo para venda. Pela lei do leilão, os veículos são vendidos no exato estado em que eles estão — comenta a leiloeira.
Após o lance vencedor, os compradores arrumam o que resta do carro, que, já reparado, é revendido.