Trinta e oito dias após a enchente, moradores de ruas próximas ao dique do Arroio Sarandi, na zona norte de Porto Alegre, puderam voltar para casa e avaliar os danos deixados pela inundação. A estrutura rompeu em quatro pontos durante o mês de maio, impactando na elevação do nível da água em algumas vias da região, a mais afetada da Capital.
A reportagem de GZH esteve em pontos atingidos pela enchente e que apresentavam alagamentos até o final da semana passada, como as ruas Josué de Castro, Aderbal de Fraga e Adherbal Faria. Nesses locais, que ficam nas imediações do dique, a água deu lugar ao lixo e ao acúmulo de materiais descartados pelas famílias atingidas — há, inclusive, pontos de acesso bloqueados devido ao acúmulo de resíduos.
Equipes de limpeza seguem trabalhando em ruas e avenidas afetadas do bairro Sarandi, mas não foram encontradas nessas localidades onde a água baixou. Sofia Vieira, 42 anos, retornou à residência com o recuo da água, porém, o volume de lodo na entrada de casa dificultou o acesso, possível apenas por cima do telhado.
— Agora é que vem a pior parte. Não é só essa lama aqui na rua, mas o lixo piora tudo. Ainda tem previsão de mais chuva nos próximos dias e não vimos a prefeitura por aqui até agora — lamentou.
Dmae religa mais uma casa de bombas de drenagem no Sarandi
A Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) de número 10, localizada na Vila Brasília, voltou a funcionar no último final de semana. Com isso, são 20 das 23 casas de bombas em funcionamento na Capital.
Duas que seguem inoperantes estão no bairro Sarandi e uma no bairro Floresta. São as Ebaps de número 2 (Floresta), 20 e 21 (Sarandi). Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), as três estruturas serão religadas até o final desta semana.