Primeiro Centro de Tradições Gaúchas (CTG) criado no mundo, o 35, em Porto Alegre, virou ponto de coleta de doações para atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Situado na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua 18 de Setembro, a entidade não destina os alimentos e demais itens diretamente para pessoas físicas, mas faz o "meio-campo" com instituições que realizam a entrega.
Um dos integrantes da organização, Wagner Gaspar, 35 anos, estima que o CTG já tenha destinado donativos para mais de 200 locais. Segundo o tradionalista, que é integrante da invernada adulta, a ação que começou como uma "faísca" tomou proporções gigantescas.
— A gente está recebendo todo tipo de donativo, principalmente água, inclusive roupas. Estamos doando para ONGs, instituições que receberam pessoas. Começamos o trabalho na sexta-feira. Ficamos felizes de ajudar tanta gente. O que me marca é que as pessoas são muito disponíveis. Ninguém está escolhendo trabalho. O que nos motiva é ver tanta gente querendo o bem — explica Gaspar.
Voluntários do CTG relataram à GZH uma dificuldade de fazer doações diretas para a população. Há o entendimento de que o poder público deveria ter um ponto de triagem para ver quem mais precisa de auxílio, o que poderia evitar desperdícios de doações.
Com 76 anos completados recentemente, 35 CTG aceita apoio de voluntários, não só da equipe da própria entidade. É feita uma breve ficha cadastral e, caso seja a melhor opção, os interessados são orientados para pontos que precisam de mais ajuda. Defesa Civil e Polícia Civil são órgãos que atuam em parceria.