Uma sala com doces, cobertores e brinquedos. É assim que as crianças que são resgatadas em áreas inundadas de Canoas aguardam pelos pais.
No prédio 8 da Ulbra, a lista dos nomes é escrita a caneta. Até as 17h deste sábado (4), nove crianças aguardavam pelos pais. Mas também, cerca de 27 famílias buscavam pelos seus filhos.
São inúmeras pessoas a todo momento procurando por notícias de familiares. Um pai entra pedindo pelo filho, de nome Enzo, e detalha as características da crianças. Os voluntários conferem a lista e sim, o menino está ali.
Em questão de minutos, a mãe, Verônica Ferreira, 46, reencontra o filho e o coloca em seus braços. Não há quem não se emocione. O menino havia desaparecido ainda durante o dia no bairro Mathias Velho.
— Eu estava arrumando as coisas e quando vi, ele já não estava mais. Uma angústia sem fim. Um anjo trouxe ele até aqui. Posso perder tudo, menos meu filho — relatou a mãe, emocionada.
No mesmo bloco, equipes de médicos, enfermeiros e farmacêuticos trabalham atendendo a quem chega.