A enchente de maio de 2024 já tem as suas marcações oficiais registradas para a história nas paredes do Cais Mauá, no Centro de Porto Alegre. As placas de metal instaladas agora, referentes à enchente de 2024, estão sendo colocadas, quando possível, nas mesmas paredes que já guardavam marcações físicas da enchente de 1941 (até então, recorde de inundação).
Técnicos do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Exército instalaram, nesta quarta-feira (30), placas de metal registrando, nos armazéns do Cais Mauá, os limites máximos atingidos pelas águas. O serviço de medição e marcação seguirá nos próximos dias.
No pórtico central do Cais Mauá, medições preliminares indicam que, naquele exato ponto, a água chegou a 5m21cm. O número foi atingido considerando quantos centímetros a mancha da enchente de 2024 nas paredes ficou acima da placa de metal que relembra a cheia de 1941. Naquele local, foram 45 centímetros mais do que os 4m76cm de 1941.
Técnicos ouvidos pela reportagem de GZH reforçam que o valor de 5,21 ainda não pode ser tomado como pico da cheia de 2024. Além de haver necessidade de checagens de nível, em outras parede do cais foram encontrados outros valores máximos que ainda estão em apuração.
O SGB informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que atua na área do Cais Mauá para “um levantamento em campo das marcas da atual cheia em diversos locais, para definição de referências desses níveis nos pontos de monitoramento, desde o armazém C6 até a Usina do Gasômetro, em um trajeto de aproximadamente 2,5 quilômetros".
O Exército, por meio de nota, informou que, “em apoio à Agência Nacional de Águas e ao Serviço Geológico do Brasil, militares do 1º Centro de Geoinformação do Exército Brasileiro realizam trabalhos de topografia para determinar a cota de inundação do Guaíba” e que “a verificação ocorre em pelo menos vinte pontos, do Cais Mauá à zona norte de Porto Alegre”.