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DMLU orienta que moradores sigam descartando objetos na rua mesmo com previsão de chuva em Porto Alegre

Carlos Alberto Hundertmarker afirmou não ser possível prever quando a limpeza das áreas atingidas será finalizada e explicou que o departamento atua em 15 regiões da cidade, em um trabalho complexo

GZH

Ronaldo Bernardi / Agência RBS
Áreas da Zona Norte de Porto Alegre, como o bairro São João, sofrem com o acúmulo de objetos descartados.

O acúmulo de descartes das casas atingidas pelas cheias segue causando transtornos em Porto Alegre. O alto volume de chuva registrado na quinta-feira (23), aliado ao excesso de entulho que acabou obstruindo os bueiros, inundou diversas áreas que não haviam sido atingidas semanas atrás. 

Mesmo com previsão de chuva nesta sexta-feira (24) e a partir de segunda-feira (27), a prefeitura de Porto Alegre segue orientando que aos moradores que estão realizando a limpeza das residências que sigam colocando os resíduos nas ruas da Capital.

— Podem continuar colocando (os descartes nas calçadas). Móveis e pequenos objetos (de preferência) ensacados. Estamos orientando que ninguém mexa nesses resíduos. Muitos desses objetos estão contaminados. Temos muito ferro enferrujado, muitos vidros quebrados — destacou Carlos Alberto Hundertmarker, diretor-geral do DMLU em entrevista ao Atualidade, da Rádio Gaúcha.

Hundertmarker detalhou o trabalho realizado pelo DMLU nas áreas em que o nível da aguá já baixou.

O trabalho do DMLU não parou. Ele foi potencializado. Estamos trabalhando em toda a cidade. Mapeamos 20 grandes áreas atingidas pela enchente. É um trabalho bastante complexo. Foram muitas áreas destruídas. Neste momento, estamos trabalhando em 15 áreas, pois algumas ainda estão alagadas — ressaltou.

Os resíduos estão sendo levados para uma área em Gravataí. Para a contratação do local, foram investidos mais de R$ 19 milhões.

— É importante destacar que o trabalho é simultâneo. Não estamos trabalhando apenas em uma região. Hoje, como teve maior acúmulo, focamos no Menino Deus. É para os moradores continuarem colocando os resíduos nas ruas. O DMLU está preparado para recolher. Esses resíduos não podem ir para o mesmo local do lixo. Fizemos uma parceria com um local em Gravataí. Temos capacidade de até 180 mil toneladas nesse aterro em Gravataí — afirmou. 

Como ficaram muito tempo submersos, muitos objetos estão contaminados e não podem ser recuperados.

— Esses objetos estão contaminados. Já encontrei documentos completamente sujos. É muito triste. As pessoas perderam a memória afetiva. Precisamos nos unir. Não é só a retirada dos resíduos. É também a raspagem das ruas, a lavagem das calçadas. Cada área tem a sua especificidade. Temos de ter cuidado em áreas de patrimônio público — pontuou Hundertmarker.

Ouça a entrevista na íntegra:


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