Correção: o Hospital Fêmina registrou transtornos na ala Sul do prédio (área administrativa). A ala norte, onde estão os pacientes, não foi diretamente afetada. O atendimento da emergência, exames e consultassegue sendo realizado, não houve a necessidade de suspensão temporária de todos os serviços, como informado entre 11h02min dessa quarta-feira (17) e 10h55min desta quinta-feira (18). O texto já foi corrigido.
A tempestade que atingiu Porto Alegre na noite de terça-feira (16) causou uma série de transtornos na rede de saúde do município. De acordo com o último boletim, divulgado na manhã desta quarta-feira (17), o Hospital São Lucas da PUCRS foi o mais afetado.
Na instituição, localizada na Avenida Ipiranga, está sendo adotado um plano de contingência emergencial, principalmente em decorrência da falta de energia elétrica e de problemas estruturais — com pontos de destelhamento que atingiram principalmente a área dos ambulatórios.
Houve destelhamento e danos em três andares. A emergência e o Centro de Diagnóstico por Imagem estão alagados, e os 10 leitos SUS estão temporariamente inutilizados.
Conforme a administração do hospital, as cirurgias eletivas (de não urgência) programadas para esta quarta-feira estão sendo canceladas gradativamente, bem como consultas e outros procedimentos de rotina que não envolvam urgência, como exames laboratoriais e de imagem.
"Estamos acompanhando a situação com cautela e máxima atenção de nossas equipes para garantir que pacientes já internados contem com toda a assistência necessária. Além disso, pedimos que a emergência do hospital seja procurada somente em caso de risco de morte e/ou urgência máxima", afirmou a assessoria, em nota.
Hospital de Clínicas
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) teve janelas quebradas e rachadas pela força do vento. Surgiram ainda alagamentos em algumas áreas. De acordo com a assessoria, a radiologia foi a área mais afetada pela chuva. Só estão sendo realizados exames radiológicos em casos urgentes. O restante do atendimento ambulatorial segue normalmente.
"É importante ressaltar que caso o paciente não possa comparecer às consultas agendadas para esta quarta-feira, não será considerado falta. As consultas perdidas poderão ser agendadas no hospital ou pelo aplicativo Meu Clínicas", completa o hospital, em nota.
Grupo Hospitalar Conceição
O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) adotou medidas emergenciais para garantir a normalização do atendimento nas instituições de saúde que foram afetados pela tempestade, afirmou a administração. Em todos os hospitais do grupo houve queda de energia elétrica, o que levou a ativação dos geradores para garantir o atendimento dos pacientes e dos usuários com consultas e exames marcados, até o restabelecimento da energia.
No Hospital Conceição alguns pacientes foram remanejados em razão de alagamentos pontuais e a equipe de infraestrutura própria do grupo fez a remoção de uma árvore que caiu sobre o muro do hospital. Consultas e exames seguem normalmente.
Além da energia elétrica, também houve interrupção no abastecimento de água pelo Dmae no Hospital Cristo Redentor, que está suprindo o consumo por reservatório próprio com a possibilidade de o GHC buscar abastecimento por caminhão-pipa, caso a situação permaneça assim.
Algumas unidades básicas do GHC, localizadas nas regiões norte da Capital, também foram afetadas e estão com falta de energia e desabastecimento de água. Das 12 unidades, apenas cinco estão funcionando normalmente. São elas: Jardim Leopoldina, Divina Providência, Jardim Itu, Costa e Silva e Sesc.
As unidades Conceição, Floresta, Nossa Senhora Aparecida, Parque dos Maias, Santíssima Trindade e Coinma estão com equipes realizando o acolhimento dos usuários e remanejando para unidades vizinhas, pois estão sem energia elétrica e sem água.
A unidade Barão de Bagé não está realizando atendimento porque houve queda de uma árvore que atingiu parte do prédio (usuários estão sendo encaminhados para a unidade Divina Providência). Já a UPA Moacyr Scliar teve avarias pontuais que não afetaram o atendimento.
Hospital Fêmina
O hospital mais afetado foi o Fêmina, que teve a ala Sul do prédio (área administrativa). A ala norte, onde estão os pacientes, não foi diretamente afetada e não houve a necessidade de remoção de pacientes. O atendimento da emergência, exames e consultas está sendo normalizado e segue sendo realizado.
Hospital Cristo Redentor
Além da energia elétrica, também houve interrupção no abastecimento de água pelo Dmae no Hospital Cristo Redentor, que está suprindo o consumo por reservatório próprio com a possibilidade de o GHC buscar abastecimento por carro pipa, caso permaneça a falta d´água.
Hospital de Pronto Socorro
Conforme a administração da instituição, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) permanece sem energia elétrica na manhã desta quarta-feira, funcionando com gerador. Ligações externas não estão completando e a orientação é que o contato seja feito de forma extraordinária para o telefone (51) 99531-2137.
Hospital Moinhos de Vento
Nesta quinta-feira (18), o Moinhos de Vento informou que os serviços já estavam. O abastecimento de energia elétrica e de água foi normalizado.
O atendimento pelos telefones (51) 3314-3434 e (51) 3314-3300 ainda apresenta oscilações. O Hospital Moinhos de Vento orienta que as ligações sejam feitas para o número (51) 3537-8000.
Postos de Saúde
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, a diretora da atenção primária de Porto Alegre, Vânia Frantz, relatou que maioria dos postos de saúde do município abriu, porém com muitas restrições. Alguns deles estão sem energia, água e internet.
— A recomendação é que, caso não haja urgência, as pessoas não se desloquem para os postos de saúde nesta quarta-feira — afirmou Vânia.
A diretora explicitou ainda que há dificuldades nas farmácias municipais. Das 10, apenas duas estão funcionando a pleno. São elas as unidades da Restinga e do Santa Marta.
Já os Prontos Atendimentos Cruzeiro do Sul e Lomba do Pinheiro atendem com uso de gerador de energia elétrica e também há pontos de alagamentos. A Secretaria de Saúde da capital também ressalta que mesmo com avarias e alagamentos no entorno da sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a central segue funcionando e pode ser acionada pela população pelo telefone 192.
Os hospitais Presidente Vargas e Santa Casa de Misericórdia não tiveram estragos e seguem funcionando normalmente.