O aluguel de patinetes elétricos compartilhados via aplicativo, anunciado para três bairros da região central de Porto Alegre pela prefeitura ainda em agosto para a segunda quinzena de setembro, se aproxima dos 30 dias de atraso na implementação do serviço. De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, a empresa portuguesa Whoosh e o executivo municipal seguem alinhando detalhes documentais.
A pasta afirma que a própria empresa identificou que o cenário conturbado no Estado e na Capital, decorrente das chuvas acima da média no mês de setembro, cheias de rios e até mortes no interior, inviabilizou o cumprimento das estimativas iniciais da parceria. A prefeitura espera que a operação inicie até novembro.
Ainda assim, às 10h40min desta segunda-feira (16) havia um patinete disponível no mapa do aplicativo para celular. O veículo aparecia com bateria carregada e estava estacionado em uma área particular na Rua Comendador Coruja, entre a Avenida Farrapos e a Avenida Voluntários da Pátria. A secretaria afirma que o patinete é da empresa portuguesa e não está disponível para aluguel. O plano da prefeitura é disponibilizar 450 veículos nos bairros Centro Histórico, Bom Fim e Cidade Baixa, quando a operação estiver a pleno.
Imprudência que gera insegurança nas ruas
Em Florianópolis, onde os patinetes elétricos operam desde junho, havia 752 usuários bloqueados até o dia 29 de setembro, de acordo com reportagem do portal ND+. A prefeitura da capital catarinense realiza blitz frequentes para alertar as limitações do uso do equipamento aos infratores.
A situação é parecida com o que acontecia entre 2019 e 2020 em Porto Alegre, quando acidentes e irregularidades eram observados nas ruas da Capital.
Ainda há empréstimo de patinete na Orla
Os patinetes elétricos começaram a ser vistos em Porto Alegre no final de fevereiro de 2019. Inicialmente oferecidos pela Grin, com cor verde, depois receberam o laranja da fusão com a Yellow, das bicicletas amarelas. Menos de um ano depois, o brilho da novidade tinha sumido, e eles já estavam sendo recolhidos. A empresa manteve operações apenas em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.
Uma empresa resistiu às idas e vindas desde 2021, mas se mantêm apenas na região da Orla do Guaíba: o aplicativo FlipOn, da startup Adventure, oferece patinetes elétricos entre a Fundação Iberê Camargo e a Usina do Gasômetro.
A posição da prefeitura de Porto Alegre
Confira a nota enviada pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Porto Alegre:
"A secretaria de Mobilidade Urbana informa que está em fase final de ajustes no alinhamento da documentação e na regulamentação da operação de patinetes da empresa Whoosh em Porto Alegre.
O único patinete que aparece no app é utilizado pela empresa para seus deslocamentos na cidade e não está disponível para locação até o momento.
A própria empresa identificou que o momento pelo qual a cidade e o estado passaram em razão dos eventos climáticos não era adequado para o início da operação em setembro.
O início da operação será divulgado e deve ocorrer até novembro."