A CatSul, empresa responsável pelos serviços do catamarã, informou que irá suspender o funcionamento do transporte hidroviário nesta terça-feira (26), devido ao aumento do nível do Guaíba.
Segundo a empresa, o serviço ficará suspenso até a melhora das condições de embarque na Estação Hidroviária de Guaíba.
A régua que mede o nível rio, em Guaíba, indicava o nível de 2m48cm às 18h50min desta segunda-feira.
Confira a nota da CatSul:
"Com o elevado nível das águas do Guaíba e a permanência do vento leste, ocasionando a formação de ondas que alcançam a plataforma de embarque na estação hidroviária de Guaíba, a CatSul informa a suspensão da circulação do catamarã amanhã, terça-feira, 26/9.
Como a previsão do tempo indica possibilidade de elevação do nível das águas, o serviço ficará suspenso até a melhora das condições de embarque em Guaíba".
Mais de 80 residências afetadas em Guaíba
De acordo com o último levantamento da Defesa Civil de Guaíba, 14 pessoas precisaram deixar suas casas e estão abrigadas em um alojamento da cidade. Até o momento, 80 residências foram atingidas. Segundo a prefeitura, as vias mais afetadas até o momento são as ruas Amaral Ferrador, Marcílio Dias, Três, da Antena, além das ruas Dois, Quatro e Dezesseis, na Vila Primavera.
Morador da Marcílio Dias, o pescador José Pereira Maria, de 86 anos, disse que essa é a pior cheia que presenciou desde a década de 70.
— Moro nessa casa há 23 anos, é a primeira vez que vejo a água subir tão rápido — relata enquanto conduz um de seus três barcos pela rua, recolhendo tábuas de madeira flutuando, que vai usar para construir um deck em seu pátio assim que o nível do Guaíba baixar. — Começou a encher na sexta-feira (22), mas foi depois do meio-dia de hoje (segunda-feira) que o rio invadiu o meu terreno.
Uma das únicas residências que ainda se escapa na rua é a de Maicon Santos, de 37 anos. Fiscal de segurança em um comércio no centro da cidade, ele conta que mora na localidade há cerca de um ano com a esposa e o filho, de 5 anos. Caso a água continue subindo, ele afirma que não terá outra alternativa.
— Vamos ter que sair daqui e ir para a casa de parentes, em outro ponto de Guaíba — afirma.