Após alagar ruas e casas na Zona Sul e na Região das Ilhas de Porto Alegre na quinta-feira (14), o Guaíba recuou nesta sexta-feira (15) e se mantém estável ao longo do dia. No ponto de medição do Cais Mauá, a régua automática apontava 2m51cm ao longo da tarde, 49 centímetros abaixo da cota de inundação. Na manhã de quinta, o nível atingiu 2m70cm.
Na Ilha da Pintada, a medição manual realizada pela manhã apontou nível de 2m16cm, abaixo da cota de inundação, que é de 2m20cm.
De acordo com o coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, a manutenção do nível se deve ao represamento de água no Guaíba provocado pelo vento sul, que retarda o deságue na Lagoa dos Patos. A tendência, entretanto, é de recuo ao longo da noite e durante o final de semana.
Com a queda de nível e a posterior estabilização do estuário, as pessoas acolhidas em abrigos começaram a retornar para suas casas. Das três estruturas montadas pela prefeitura, apenas a da Ilha da Pintada ainda seguia ocupada nesta sexta-feira — pela manhã, eram 38 pessoas atendidas.
Ao longo da tarde, equipes da Defesa Civil municipal estão avaliando as condições das residências atingidas na Região das Ilhas para verificar se é possível autorizar o retorno das famílias acolhidas.
Análise meteorológica
Nesta sexta-feira (15), a Defesa Civil deu início ao processo administrativo para a contratação de um serviço meteorológico para a Capital. O objetivo é obter dados mais precisos de previsão do tempo, para monitorar a elevação do Guaíba e a atenção a áreas de risco.
Atualmente, a prefeitura depende de dados oferecidos por plataformas abertas e pela Defesa Civil do RS.
Com a contratação do novo sistema, o objetivo é definir pontos de monitoramento em 17 regiões da cidade, além de monitorar os afluentes do Guaíba.