O letreiro de Porto Alegre está mais perto de sair do papel e se tornar realidade. O secretário Extraordinário Executivo para os 250 anos da Capital, Rogério Beidacki, o assessor Eduardo Vital, mais três integrantes da família proprietária do terreno onde será instalada a atração no Morro da Polícia, estiveram reunidos com os arquitetos Alan Furlan e Eliana Castilhos, responsáveis por desenvolver o projeto voluntário para a prefeitura. O encontro ocorreu na tarde desta terça-feira (20), na sede da Secretaria Extraordinária para os 250 anos de Porto Alegre.
— Acho que temos boas possibilidades de buscarmos recursos da iniciativa privada agora — afirma o titular da pasta, dizendo que o projeto entraria como uma entrega da secretaria à prefeitura pelos 250 anos de aniversário da Capital.
Conforme GZH antecipou, o letreiro ficará encravado abaixo das antenas do Morro da Polícia, na zona leste da cidade. Está prevista, ainda, a construção de um mirante para as pessoas no local. O projeto indica que o letreiro terá 142 metros de comprimento e letras com 14m de altura, sendo maior do que o de Hollywood, localizado sobre o Monte Lee, em Los Angeles (EUA). O norte-americano possui 106m70cm de comprimento e letras com 13m70cm de altura.
Questionado sobre a concessão do terreno pelos proprietários, Beidacki cita que a área não é habitável.
— Em princípio, os proprietários cederão o espaço para a colocação do letreiro. Eles entenderam que vai embelezar a cidade — diz o secretário, definindo como positiva a reação da família em relação à iniciativa.
A reportagem esteve no local previsto para receber a futura instalação do letreiro, que seria de cor branca e ficaria iluminado durante a noite. A encosta no Morro da Polícia possui vegetação rasteira, formada por gramíneas, e partes mais íngremes. É possível contemplar vários bairros de Porto Alegre do local. Porém, o espaço não parece adequado para abrigar um mirante. A área também carece de infraestrutura e o acesso de carro não é prático — há partes estreitas da estrada e o terreno é de chão batido em alguns trechos.
— Na minha opinião, a reunião foi melhor do que eu esperava. Porque eles (proprietários) estão plenamente dispostos a contribuírem com o projeto e disponibilizaram a área para isso — relata Furlan.
O arquiteto revela que já solicitou agenda com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), para tratar dos procedimentos legais para a autorização do projeto.
— O letreiro será mais comprido e as letras terão 30 centímetros a mais do que o de Hollywood — antecipa, acrescentando sobre o mirante: — Estamos pensando em colocar o mirante em cima, mais junto à estrada. Queremos fazer uma obra que seja o menos impactante possível ao meio ambiente.
Segundo a prefeitura, não serão colocados recursos públicos no projeto.