Cruzamento já conhecido por registrar frequentes acidentes em Porto Alegre, o trecho de encontro entre as ruas Eudoro Berlink e Artur Rocha, no bairro Auxiliadora, voltou a preocupar moradores na última semana.
Nesta quinta-feira (15), aconteceu a segunda colisão que deixou pessoas feridas nos últimos sete dias. O choque entre os carros fez uma pedra voar e acertar a vidraça de uma loja da mesma esquina. Antes, na segunda-feira (12), os veículos envolvidos pararam poucos metros antes de atingir uma criança que estava acompanhada do pai na calçada. Vídeos de câmeras de segurança flagraram os dois momentos.
Apesar de ninguém ter sofrido lesões mais sérias, a alta frequência dessas ocorrências na região reacendeu o debate sobre o perigo do trânsito no local. Em um dos lados do cruzamento está uma clínica de fisioterapia. A proprietária do estabelecimento, Natália Maia, 38 anos, afirma que o temor aumentou após alterações na sinalização.
— Depois que fizeram essas últimas modificações de pintura na rua e troca de placas, os acidentes são quase semanais. A gente ouve qualquer barulho na rua e já pensa: "Olha, deve ser acidente" — relata a empresária.
O trecho em questão tem a Rua Eudoro Berlink como a via preferencial. Contudo, os veículos que seguem pela Artur Rocha nem sempre respeitam a sinalização e avançam sem parar. Para os motoristas que vêm pela Artur Rocha, até existe uma placa de "Pare" à direita. Ainda que algumas árvores atrapalhem a visualização, existe também sinalização horizontal (pintada no asfalto).
A velocidade máxima permitida para quem trafega pela Artur Rocha é de apenas 30 km/h, já que se trata de uma via com fluxo de ciclistas.
O que diz a EPTC
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) enviou uma nota sobre a situação. Confira a íntegra:
"A EPTC pede a colaboração da população e destaca a importância do respeito à sinalização viária - atitude que evita acidentes. A sinalização está presente nas duas vias, tanto na parte horizontal (faixas de segurança, ciclovia, limite de velocidade no trecho) como também vertical (a placa que indica preferencial no cruzamento)."
Questionada se alguma modificação estrutural poderia ser feita para garantir mais segurança na esquina, a EPTC informou que vai "verificar novamente a situação do local, que já conta com sinalização visível e em bom estado".