O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) encontrou no final da manhã desta terça-feira (17) um corpo nas margens do Guaíba, na localidade conhecida como Ponta do Arado Velho, em Belém Novo, na zona sul de Porto Alegre. A informação inicial do comando da corporação é que o cadáver tem as características do pescador desaparecido após naufrágio ocorrido na noite de segunda-feira (16).
O comandante do CBM na Capital, major Gustavo Lock, diz que a perícia foi acionada e a identificação oficial só ocorrerá após a necropsia. O nome do homem de 51 anos ainda não foi divulgado. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) informa que fará a remoção do corpo e que pretende ainda nesta terça-feira confirmar se o corpo é do ocupante do barco que virou na região.
Lock revela que as buscas foram encerradas. As equipes de resgate tiveram o apoio nesta terça-feira de uma embarcação da Marinha do Brasil e de dois cães farejadores. Segundo o comandante dos bombeiros, os animais percorreram a orla e o barco estava auxiliando duas motos aquáticas do CBM. No entanto, o trabalho — de uma forma geral — esteve prejudicado devido às condições climáticas. As buscas na água haviam sido suspensas na madrugada, mas foram retomadas após as 7h desta terça-feira.
Devido às ondas e vento fortes, Lock conta que os bombeiros tiveram de suspender o trabalho realizado por dois barcos menores. No momento em que o corpo foi encontrado, nove militares atuavam nas buscas, inclusive quatro mergulhadores.
Por terra, as buscas continuaram sem parar desde a noite de segunda-feira. O pescador estava junto a um grupo que navegava pela região. Eram quatro homens, incluindo o irmão do desaparecido, que estavam em duas embarcações. Uma delas virou quando retornava para a costa. Ainda durante a última noite, os bombeiros conseguiram resgatar duas pessoas que caíram na água.
— As nossas buscas iriam prosseguir se a gente não tivesse encontrado o corpo. Mas faço aqui um alerta a todos pescadores e moradores das ilhas e da Zona Sul que não dá mais para navegar hoje (terça-feira). Não tem condição nenhuma de deslocamento aquático na região — diz Lock.