Há duas semanas, os moradores de Cachoeirinha, na Região Metropolitana, enfrentam problemas com a coleta de lixo no município. Os quatro caminhões que prestam serviço não conseguem dar conta do recolhimento, que só deve normalizado no fim da próxima semana. GZH circulou por algumas vias na manhã deste sábado (16) e constatou que a situação se mantém como nos dias anteriores: contêineres transbordando e resíduos amontoados sobre as calçadas.
A exceção foi encontrada na entrada da cidade, na Avenida Flores da Cunha, onde alguns dos equipamentos não apresentavam excesso de resíduos. Contudo, ao avançar pela via, a quantidade de lixo aumentava. O maior problema, porém, se concentrava nas ruas adjacentes, onde dezenas de recipientes transbordavam de resíduos orgânicos a ponto de tomar conta das calçadas.
Pelo bairro Imbuí, há contêineres lotados por toda parte. Nas ruas Ruy Barbosa, Santo Ângelo, Papa João XXIII e Gravataí, eles chegam a invadir o passeio. Morador dessa área da cidade, o administrador Renan Fortes conta que o acúmulo de resíduos piorou na última semana, e, com a chuva, alguns sacos se espalharam pela via.
— A situação é caótica, transbordou tudo nesta semana. Na minha residência, a gente evita colocar o lixo na rua. Temos deixado dentro de casa — diz.
Medida semelhante foi adotada pela assistente comercial Ketelyn Santos Silva, que está mantendo os sacos de lixo dentro de casa em razão da falta de recolhimento.
— Na casa dos meus pais, começou a aparecer rato no pátio, pois, em alguns locais, as lixeiras transbordando ficam na frente da residência. Aparece rato, baratas e um mau cheiro horrível — reclama.
Segundo ela, tem sido comum ver alguns vizinhos colocarem os resíduos dentro dos carros e percorrerem o município atrás de algum recipiente mais vazio.
Normalização em uma semana
O problema da coleta em Cachoerinha começou há mais de duas semanas, quando uma operação que investiga suposto esquema de corrupção envolvendo a gestão do prefeito Miki Breier (PSB) e duas empresas que atuavam na limpeza da cidade suspendeu o recolhimento. No dia 9 de outubro, o serviço foi retomado graças à contratação emergencial de outra empresa.
Conforme o prefeito em exercício, Maurício Medeiros, um novo contrato com outra companhia de coleta foi assinado na sexta-feira (15). Com isso, mais quatro caminhões devem operar a partir de segunda (18), totalizando oito veículos nas ruas.
— Acreditamos que até quinta (21) ou sexta (22) a situação estará normalizada — estima.
Por ora, bairros em condições mais críticas estão sendo priorizados. O serviço, com quatro caminhões, é mantido até as 23h deste sábado. No domingo, não haverá coleta.