O comandante do 9º Batalhão da Brigada Militar (BPM), tenente-coronel Luciano Moritz, afirmou que as ações de dispersão após o Carnaval de rua no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, nas últimas duas madrugadas, ocorreram para evitar um “mal maior”. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta segunda-feira (24), Moritz citou dois casos com morte na área central da Capital, no ano passado, para reforçar a importância da ação rápida da polícia no combate a brigas.
— Trago como maior exemplo o que nós vivemos ano passado: o triplo homicídio (na Rua João Alfredo) e aquela morte na Orla por uma garrafada no abdômen de um jovem. Nossa principal missão é proteger a sociedade. Contribuir para a qualidade de vida — disse.
Explicando a ação da madrugada desta segunda-feira, que acabou com o uso de bombas de gás lacrimogêneo, o comandante do 9º BPM destaca que os agentes de segurança empregaram o uso da força para encerrar quatro focos de briga no “miolo da Cidade Baixa”.
— Nessa madrugada, fluiu tudo tranquilo. O público na Cidade Baixa estava bastante saudável, bastante intenso, mas colaborativo. Ocorre que próximo das 3h começaram quatro focos de brigas simultâneos, em questão de dois, três minutos junto às viaturas. Então, houve a necessidade de uma nova intervenção. Não podemos permitir que, como toda essa estrutura, vidas sejam perdidas.
Moritz afirma que a realização do Carnaval de rua em Porto Alegre, na Praça Garibaldi, distante da área central do bairro, traz benefícios, mas elenca a transferência do evento para a orla do Guaíba como uma das soluções para prevenir confusões. O tenente-coronel cita o Réveillon como exemplo de festa com grande concentração de pessoas que ocorreu dentro da normalidade.
O comandante também assegura que a BM seguirá vigilante nos próximos dois dias de evento, mas salienta que é difícil prever confusões como as que ocorreram no fim de semana.
—Não tem como a gente prever. Isso é uma bomba relógio potencializada pelo álcool, pela juventude e pelo ambiente.