Pacientes que buscaram remédios na Farmácia de Medicamentos Especiais do Estado enfrentaram transtornos nos primeiros dias de 2020. A grande demanda fez filas se formarem na esquina entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua Riachuelo, em Porto Alegre.
Na tarde desta terça-feira (7), além das quase 50 pessoas dentro do prédio aguardando para receber os medicamentos, outras 40 aguardavam na fila do lado de fora. O calor, superior a 30°C em uma área com pouca sombra, dificultava ainda mais a espera.
O aposentado Paulo Santos, 59 anos, ficou quase uma hora aguardando atendimento. Transplantado, ele precisa de medicação após receber um rim.
— É difícil. Aqui está quente e a gente não pode ficar esse tempo todo no sol. É um descaso. Não é sempre assim, mas hoje está demais — disse.
Dentro do prédio, o problema era a falta de estrutura. Os banheiros não estavam à disposição das pessoas que estavam na fila. Um cartaz informava que o sanitário estava em obras.
O bebedouro não dispunha de água para a população. Além disso, o equipamento de ar-condicionado também não estava ligado, aumentando o desconforto de funcionários e pessoas que aguardavam por remédios.
A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Saúde, que se manifestou apenas por meio de nota, destacando que muitas pessoas não procuraram atendimento no final do ano passado, retornando a procurar a farmácia neste início de 2020. Sobre os problemas de infraestrutura, o órgão estadual não se manifestou.
Confira a nota:
"Desde ontem (segunda-feira, 6), a movimentação intensa de usuários na Farmácia do Estado ocorre em virtude do retorno de duas semanas com feriado. Usuários deixaram de pegar seus medicamentos nestas duas últimas semanas, o que fizeram nesta, causando aumento no volume de atendimento. A expectativa é de que as filas diminuam nos próximos dias."