Moradores de Alvorada foram surpreendidos na manha desta terça-feira (10), mais uma vez, com um buraco aberto na Avenida Presidente Getúlio Vargas, uma das principais vias da cidade da Região Metropolitana. A mesma adutora que havia se rompido na semana passada voltou a apresentar o problema, causando falta de água em parte do município.
Os técnicos da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) chegaram ao local por volta das 5h30min. Uma cratera foi reaberta e bloqueia um dos lados da avenida, em frente à garagem da empresa de ônibus Soul — os veículos estão saindo por outro ponto.
Um equipamento é usado para retirar a água do ponto de escavação e há alagamento em boa parte da via. Somente depois deste trabalho, os técnicos poderão iniciar o conserto.
O abastecimento já foi cortado para 20 bairros da cidade: Tijuca, 11 de Abril, Campos Verdes, Salomé, Maria Regina, Tupã, Nova Americana, Sumaré, Americana, Agriter, Passo do Feijó, Bela Vista, Vila Maria, Maringa, Três Figueiras, Formosa, Central, Setembrina, São Francisco e Piratini.
Dona da lancheria Mingos Bar e Café, que fica em frente ao buraco, Estela Gonçalves, 53 anos, começou a armazenar água em bacias e garrafas ainda na noite passada, quando percebeu que a adutora havia rompido novamente:
— A gente improvisa. Ontem, tudo que era garrafa pet, balde, bacia, eu enchi. Da outra vez, chegou um momento em que eu não tinha nada de água, tive que usar água mineral. Mas em seguida voltou.
Luís Antônio da Rosa, 68 anos, morador do bairro Tupã, percebeu o problema quando acordou:
— Acordei às 6h e vi que estavam sem água. Semana passada fiquei um dia todo. Nesse calor, fica ruim para gente, não tem água nem para lavar o rosto — reclama o aposentado.
Segundo a Corsan, o conserto feito na semana passada fez a troca de seis metros da rede. Agora, será investigado se há necessidade de reparos em um trecho maior.
A previsão é de que o conserto seja concluído na tarde desta terça, com normalização somente à noite. Entre os motivos possíveis para o novo rompimento está o trânsito de veículos pesados — como ônibus — na região.