Proprietário de uma das 24 lanchas queimadas durante incêndio ocorrido na Marina da Conga, na Ilha das Flores, na madrugada deste domingo, o empresário Leandro Barros, 48 anos, calcula um prejuízo de mais de R$ 200 mil em razão do incidente. O morador de Caxias do Sul não tinha seguro da embarcação de 29 pés que foi consumida pelo fogo.
– Nunca imaginei que fosse acontecer isso. Era a única coisa que não podia acontecer, porque a manutenção é feita com frequência. Recebi a notícia muito triste – disse Barros, que havia adquirido a lancha há cerca de três anos.
O empresário soube do incêndio por um grupo de WhatsApp. Segundo ele, poucos proprietários dos barcos deixados no abrigo tinham seguro. Ele conta que a maior preocupação, de um modo geral, é com acidentes na estrada, durante o transporte das embarcações.
Barros acredita, ainda, que as chamas podem ter tido início em alguma embarcação com manutenção precária – segundo ele, há modelos em que a fiação elétrica passa entre o motor, o que exige cuidados redobrados. Apesar da perda, considera que o episódio foi uma "fatalidade".
– O perigo da lancha é pequeno, porque cuidamos muito, fazemos manutenção. Estou chateado, quero ressarcimento, mas gosto marina. O atendimento é bom e são cuidadosos. Tenho convicção que foi o erro de algum usuário – diz.
Nesta terça, a polícia deve ouvir o proprietário da Marina da Conga. O local, que tinha o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) inadequado, teve o alvará cassado pelos bombeiros.