Logo após o anúncio do governador Eduardo Leite a respeito da rescisão de contrato com a Cais Mauá do Brasil, a empresa divulgou uma nota lamentando o que chamou de "decisão unilateral". No texto, afirma que buscará "suporte jurídico" para "preservar os direitos dos investidores".
Mais cedo, Claudio Lamachia, advogado da empresa, já havia dito que a rescisão não seria boa para nenhum dos lados.
Confira a íntegra da nota da Cais Mauá do Brasil
"A Cais Mauá do Brasil recebe com surpresa e inconformidade a decisão unilateral do Governo do Estado de rescindir o contrato do projeto de revitalização do Cais. A CMB e a LAD Capital buscarão, a partir do anúncio, o suporte jurídico necessário para levar essa situação ao melhor bom termo possível, visando sempre preservar os direitos dos investidores que já aportaram no projeto."
Disputa jurídica já se desenhava
Há alguns dias, quando a rescisão era ainda apenas uma possibilidade, o advogado da empresa já havia indicado que a medida seria sucedida por uma disputa judicial.
— O governo do Estado busca a cobrança de um valor que, segundo a Cais Mauá do Brasil, não existe — afirmou o Claudio Lamachia ao Gaúcha Atualidade na terça-feira (14), citando cláusulas que vincularia o pagamento do arrendamento ao início da operação. — Falo como advogado, mas (também) como cidadão gaúcho, morador de Porto Alegre. Vocês já imaginaram o tempo que teremos de discussão judicial, onde a empresa buscará, sem duvida nenhuma, reparação dos prejuízos que sofrerá por força do rompimento contratual unilateral por parte do governo do Estado? — afirmou, acrescentando que a Cais Mauá do Brasil buscaria o Judiciário para manter o contrato e para indenização por prejuízos.