Nesta quinta-feira (12), a Fraport confirmou que o aeroporto Salgado Filho voltará a operar 24h por dia a partir da próxima semana. A retomada está programada para ocorrer às 8h de segunda-feira (16).
De acordo com a Fraport, empresa que administra o terminal, os custos totais da reconstrução ainda estão sendo contabilizados. Porém, até o momento, o investimento soma R$ 550 milhões.
A maior parte deste gasto está sendo subsidiada pelo governo federal. Em agosto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou repasse de R$ 425,9 milhões à Fraport para as obras de recuperação.
Muita especulação se ouviu durante os meses posteriores à enchente. Havia quem defendesse que o contrato entre Fraport e Anac previa que os custos pela inundação eram de responsabilidade única da concessionária.
Porém, quem teve acesso à documentação e acompanhou que as seguradoras não aceitaram proteger todo o empreendimento, sabia que a reforma não seria custeada apenas pela empresa. O seguro contratado pela Fraport só cobrirá R$ 130 milhões de todo o prejuízo.
Também havia quem desconfiasse ou criticasse o longo tempo para a execução das obras. Somente quem não conhece o rigor exigido na aviação, onde improvisos não são aceitos, poderia questionar o prazo de cinco meses para uma reabertura parcial.
Houve empenho do governo federal para liberar recursos e trabalho que servirá de inspiração para a aviação mundial. Não se tem conhecimento de que um aeroporto de grande porte tenha ficado tanto tempo debaixo d'água - 23 dias - e pudesse se reerguer tão rapidamente.
O case do Salgado Filho já tem inspirado outros terminais a adotarem medidas de prevenção. Que o que ocorreu em Porto Alegre sirva de lição, não apenas para a aviação, mas para os governantes, que precisam proteger suas cidades.
A concessionária projeta que o fluxo de passageiros anterior à enchente será recuperado até o primeiro semestre de 2025. Em janeiro, a movimentação já terá chegado a 90%.